Devemos entender o porquê de cada
um de nós em nossas próprias existências, e o porquê de cada um de nós na existência
dos outros. Outros que são os nossos próximos,
como nós mesmos que somos os seus próximos.
Deu para entender? Complicado
não?.. Pois é, parece complicado, mas
não o é, pois vejamos!
Ora se nós conseguirmos destrinchar
e compreender esse enigma existencial que inapelavelmente nos acompanha e nos
cerca em nossas existências confrontadas em relação aos nossos outros que são
os nossos próximos, assim como nós os somos deles, estaremos dessa forma nos
aproximando da descoberta desse mistério que é a convivência humana entre os
seres espirituais.
Para que serve a convivência humana
de cada um de nós, podemos dizer, senão para que haja a confrontação das nossas
desigualdades individuais e que, em si confrontando possam se acertar em seus
débitos uns para com os outros, e, uma vez assim feita possamos nós bem entendidos e acordados nos
considerarmos quites uns para com os outros?...
É comum, é muito comum a quem se
entrega ao atendimento fraterno, que pode ser mais ou menos assim explicado:
são seres humanos que se dedicam a conversar e dialogar com seus semelhantes os
quais trazem problemas e dificuldades em suas existências, especialmente no que
diz respeito ao relacionamento com os seus próximos e parentes, é comum vermos
e ouvirmos as lamentações, os sofrimentos, as dores e muitas vezes os
desesperos, que não muito raro podem causar o cometimento de atos tresloucados
de parte a parte com conseqüências desastrosas...
Bem, onde está o enigma de toda
essa fatalidade. Onde poderemos vislumbrar e ver o porquê desse desiderato,
dessa imponderabilidade. Olhem meus estimados irmãos, mas olhem mesmo e vejam
se vocês conhecem ou se já se deram um pouco de si mesmos para conhecerem e
estudar as orientações das leis eternas do criador. Independentemente de
qualquer que seja o seu seguimento religioso, a sua filosofia de vida, o seu ateísmo.
Mas, como a ninguém é dado estar acima do bem e do mal, independe de que se
acredite ou não em um criador eterno, todos estão imponderavelmente submetidos
a tais princípios legais, quer queiram quer não.
Por isto os acertos e as cobranças
de nós para com nós mesmos em relações aos nossos e vice-versa. Implacavelmente, doa a quem doer, é da lei.
Porém, assim colocado, a coisa
poderá se tornar amena. Como, perguntará você? Assim meu irmão! Agora você já
compreende de que aquele ser que lhe acompanha nesta existência, tem algo em comum
com você. Ele, eles, nós e você, estão juntos não é por acaso, não é a toa. As
cobranças e os desentendimentos são necessários para que se dê o acerto de
contas. Portanto se você em determinado momento se sente pressionado, acuado e com a espada no peito, traído, agredido,
injuriado e até morto por circunstâncias tais, é da lei, entenda!
Se você quiser, para sermos realistas,
tudo isto é um palco, uma encenação em que atores representam a vida em lances
que se repetem entre os que ali se apresentam naquele momento existencial, para
que sirvam de lição e exemplo a todos. Demonstrando que ninguém está acima de
ninguém e nem em condições de atirar a primeira pedra, muito menos de atirar a
pedra, como se referiu o Mestre Jesus - aquele que não pecou atire a primeira
pedra, se referindo à mulher adúltera que os da sua época queriam matar a
pedradas, nas suas barbas...
Meus estimados irmãos: compreendamos
meus estimados irmãos que as estocadas e ferroadas que hoje estamos recebendo
dos nossos próximos são indiscutivelmente as mesmas que já as provocamos em
todos eles. Ah! e o melhor? O melhor
meus amigos é o que o nosso pai querido Francisco de Assis ensinou: “é
perdoando que se é perdoado”.
Rio,
13/07/2012.
Emmanuel
Avelino.
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