IL POVERELLO

sábado, 6 de outubro de 2012

A RESPONSABILIDADE DO CONTRATO SOCIAL


 



                            É preciso que a sociedade  com um todo passe a analisar e preste bastante atenção  para a responsabilidade  das agências de propaganda que preparam as campanhas eleitorais dos candidatos dos partidos políticos.

                             Essas campanhas vendem uma idéia a de que o seu apresentado – o candidato,  seja ele pretendente a qualquer mandato eletivo – conhece o problema social e político-econômico da sociedade onde vive.

                            Por isso mesmo o virtual candidato se propõe, sendo eleito, administrar no período do  mandato que lhe será conferido,  as dificuldades e os problemas dos quais não se nega conhecedor e que pede assim mesmo, e até por causa disso mesmo, o crédito da outorga do mandato popular; mandato esse  saído evidentemente das mãos do povo, para solucionar as adversidades existentes, adversidades essas das quais se diz sabedor – o candidato -  pois que sabedor inclusive das deficiências orçamentárias e das verbas disponíveis para tanto, mais que ainda assim se diz disposto e em condições de resolver os problemas do povo daquele município, daquele estado ou da própria nação como um todo.

                            Ora, esse é um contrato firmado com a consciência da nação, portanto com a consciência do eleitor que é o detentor do poder da escolha e da aplicabilidade do seu direito de votar para escolher o melhor, o  mais eficiente e capaz de reparar as desigualdades sócio-econômicas, existentes no seio da sociedade.

                            Essa sociedade que é pois a nação politicamente organizada e que tem pois como meta a administração consentânea e responsável dos direitos sociais, econômicos e políticos dos seus filhos e cidadãos.

                             Cidadãos esses que pela sua participação como contribuinte e como elemento vivo e participativo das idéias sociológicas e culturais, detêm o poder de determinar quem após se dispor a aceitar as condições impostas pelo contrato social, expresso e implícito no desempenho da sua vida pública, em função exclusivamente da defesa dos interesses da nação, sobre todos os aspectos abrangentes no que tange aos direitos impostergáveis e indisponíveis dos cidadãos, possa bem os representar.

                            Se isso não acontecer, se o candidato não honrar o compromisso da sua propaganda de campanha,  sem  que isso aconteça, o que verificamos é a quebra indiscutível do contrato social firmado entre ambos, sem o que o uso do seu mandato é lesivo, nocivo aos interesses do povo e o detentor do mandato é um prevaricador, um dilapidador, um embusteiro e um enganador das consciências vivas dos eleitores e detentores exclusivos dessa força  inconspurcável que é o voto.

                            Voto esse pelo qual a consciência de toda uma nação se baliza e se manifesta para colher os resultados para si própria, sejam eles bons ou nocivos à sua própria existência e a de todas as gerações que por certos haverão de se suceder.

                           

                            Rio de Janeiro, 11/07/2004

                            EMMANUEL  AVELINO

 






                           

 

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