Taí... Aí talvez esteja a
nossa condição mais vulnerável, onde mora a nossa mais relutante parte fraca e
de onde não conseguimos sair, para melhor, um milímetro se quer.
Pois é na nossa condição de
teimosia, é onde mora todo o nosso atraso evolutivo, moral, espiritual...
Não há como desconhecer esse
estágio probatório do nosso ser.
Nós relutamos, teimosamente,
em sair de onde estamos, de onde nos encontramos fazendo as mesmíssimas coisas
há séculos, e não dando o braço a torcer aos fatos, inovadores, modificadores
das nossas qualidades pessoais.
Pessoais porque
personalidades nossas, as quais
carregamos insistentemente, umas após outras a cada encarnação.
Personas essas que se
interpõem fragorosamente à nossa condição de Espírito, pois que em verdade é
isso o que somos: Espíritos...
Eis que a nossa principal
máscara a cada vida se apresenta teimosamente, ainda que disfarçadamente com o
mesmo aspecto - a teimosia.
Pois é assim que achamos,
devemos ser!
Impondo-nos e a todos
objetando o nosso Ser teimoso, que não mede esforços para nos opormos e
confrontarmos uns aos outros, ainda que para pura e simplesmente sermos o
obstáculo do conciliatório e da transigência.
E por que não mudar?...
Sim, por que não deixar de
lado tanta e toda a nossa intransigência?
É porque ninguém, também, não quer abrir mão da sua parte, a sua
arrogância, do seu quinhão?...
Mas, aí todos temos que ceder
um pouco, um mínimo possível, para que a conciliação ocorra e a paz entre os
adversos se estabeleça.
Caso contrário o que
cultuamos é a guerra. A mais terrível das guerras. A guerra de idéias e
pensamentos, insólita, oculta, invisível em que o principal alvo somos nós
próprios, pois que reféns da nossa própria teimosia...
Nessa guerra não haverá
vencidos nem vencedores, pois que todos seremos vítimas da nossa própria
teimosia, da nossa própria intransigência, da nossa própria ignorância, da nossa própria imperfeição.
Aí, ipso facto, estamos
cultivando dentro de nós uma bomba relógio que pari passu vai nos minando a
mente, as idéias, os pensamentos, as atitudes, os comportamentos existenciais.
Assim cultivamos dentro de
nós um processo mental crucial em que nos assolam a ansiedade, a desconfiança,
o medo, a impaciência e aí já estamos há um passo da depressão.
Tudo
isso fruto de nós mesmos – pensem nisso meus irmãos!!!
Tudo isso fruto da nossa
teimosia que é a mãe de todas essas qualidades aqui elencadas. Todas são frutos
dessa teimosia nossa à qual nos apegamos ardorosamente para satisfazermos
indisfarçadamente ao nosso orgulho, a nossa vaidade, ao nosso egoísmo, a nossa arrogância,
porque tudo isso constitui a nossa própria teimosia...
Somos teimosos, sim!
Gratuitamente fazemos questão
de sermos teimosos, para logo, logo, sermos impaciente; para logo, logo,
perdermos o equilíbrio dos nossos atos, para
daqui a pouco deixarmos essa existência sem termos dado um só passo sequer de
melhora em nossa escala evolutiva espiritual.
Seria muito salutar se procurássemos
compreender que estamos aqui, nesta encarnação, num processo transitório, neste
nosso atual mundo planetário; que dependemos muito de como estamos trabalhando
a nossa paciência, pois este predicado, essa virtude, se nos apresenta como sendo
o principal esteio, uma coluna inestimável para sustentação desse nosso próximo
passo milenar em nossa escala evolutiva.
A palavra de ordem para o nosso futuro
espiritual é: paciência.
Rio
de Janeiro, 16/10/2012, às 04.44.44h
Emmanuel
Avelino.
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