IL POVERELLO

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

OH! DEUS, POR QUE TANTA TEIMOSIA...


                   Taí... Aí talvez esteja a nossa condição mais vulnerável, onde mora a nossa mais relutante parte fraca e de onde não conseguimos sair, para melhor, um milímetro se quer.

                   Pois é na nossa condição de teimosia, é onde mora todo o nosso atraso evolutivo, moral, espiritual...

                   Não há como desconhecer esse estágio probatório do nosso ser.

                   Nós relutamos, teimosamente, em sair de onde estamos, de onde nos encontramos fazendo as mesmíssimas coisas há séculos, e não dando o braço a torcer aos fatos, inovadores, modificadores das nossas qualidades pessoais.

                   Pessoais porque personalidades nossas,  as quais carregamos insistentemente, umas após outras a cada encarnação.

                   Personas essas que se interpõem fragorosamente à nossa condição de Espírito, pois que em verdade é isso o que somos: Espíritos...

                   Eis que a nossa principal máscara a cada vida se apresenta teimosamente, ainda que disfarçadamente com o mesmo aspecto - a teimosia.

                   Pois é assim que achamos, devemos ser!

                   Impondo-nos e a todos objetando o nosso Ser teimoso, que não mede esforços para nos opormos e confrontarmos uns aos outros, ainda que para pura e simplesmente sermos o obstáculo do conciliatório e da transigência.

                   E por que não mudar?...

                   Sim, por que não deixar de lado tanta e toda a nossa intransigência?

                   É porque ninguém, também,  não quer abrir mão da sua parte, a sua arrogância, do seu quinhão?...

                   Mas, aí todos temos que ceder um pouco, um mínimo possível, para que a conciliação ocorra e a paz entre os adversos se estabeleça.

                   Caso contrário o que cultuamos é a guerra. A mais terrível das guerras. A guerra de idéias e pensamentos, insólita, oculta, invisível em que o principal alvo somos nós próprios, pois que reféns da nossa própria teimosia...

                   Nessa guerra não haverá vencidos nem vencedores, pois que todos seremos vítimas da nossa própria teimosia, da nossa própria intransigência,  da nossa própria  ignorância, da nossa própria imperfeição.

                   Aí, ipso facto, estamos cultivando dentro de nós uma bomba relógio que pari passu vai nos minando a mente, as idéias, os pensamentos, as atitudes, os comportamentos existenciais.

                   Assim cultivamos dentro de nós um processo mental crucial em que nos assolam a ansiedade, a desconfiança, o medo, a impaciência e aí já estamos há um passo da depressão.

                  Tudo isso fruto de nós mesmos – pensem nisso meus irmãos!!!

                   Tudo isso fruto da nossa teimosia que é a mãe de todas essas qualidades aqui elencadas. Todas são frutos dessa teimosia nossa à qual nos apegamos ardorosamente para satisfazermos indisfarçadamente ao nosso orgulho, a nossa vaidade, ao nosso egoísmo, a nossa arrogância, porque tudo isso constitui a nossa própria teimosia...

                   Somos teimosos, sim!

                   Gratuitamente fazemos questão de sermos teimosos, para logo, logo, sermos impaciente; para logo, logo, perdermos o equilíbrio dos nossos atos,  para daqui a pouco deixarmos essa existência sem termos dado um só passo sequer de melhora em nossa escala evolutiva espiritual.  

                   Seria muito salutar se procurássemos compreender que estamos aqui, nesta encarnação, num processo transitório, neste nosso atual mundo planetário; que dependemos muito de como estamos trabalhando a nossa paciência, pois este predicado, essa virtude, se nos apresenta como sendo o principal esteio, uma coluna inestimável para sustentação desse nosso próximo passo milenar em nossa escala evolutiva.

         A palavra de ordem para o nosso futuro espiritual é: paciência.

Rio de Janeiro, 16/10/2012, às 04.44.44h

Emmanuel Avelino.

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