O
nosso livre arbítrio é uma condição moral oferecida pelo nosso Criador para que
possamos nos conduzir em nossa vida na carne, podendo demonstrar como nos
utilizamos da nossa capacidade de independência existencial, às vezes sim, às
vezes não, em consonância com as Leis Eternas e Naturais do próprio Criador.
Ora,
seria essa independência do nosso livre-arbítrio uma confrontação às
determinações das leis divinas? Essa
liberdade consentida do nosso livre-arbítrio ou essa condição de absoluta
independência do que podemos fazer,
seria mais uma lei determinante da nossa condição evolutiva? E, se em virtude
de nossos atos e pensamentos estaremos caminhando para nos submetermos as
condições de causa e feito, face as provocações impostas pelo nosso
livre-arbítrio, cujo resultado serão as nossas provas e expiações? Pois é
exatamente a isto a que todos nós estamos submetido e sujeitos quando o
resultado do nosso livre-arbítrio se manifesta pela sua absoluta independência
e vontade.
Sim é tudo isso e mais alguma coisa... O nosso
livre-arbítrio, de fato se constitui num imenso vôo, “in solum”, o nosso vôo
solitário, para a área do invisível e imprevisível, haja vista sempre estarmos
a reclamar e a sofrer dores, provas e expiações, todas evidentemente
conseqüência da postura adotada pelo nosso livre-arbítrio.
O nosso livre-arbítrio se quiserem saber, é na
verdade um provocador, um instigador contumaz dos nossos passos erráticos, os
quais desvirtuam as nossas ações, comportamentos e atitudes. Por isso tanto
ouvimos dizer: “errar é humano”. Ora, mas o que é que tanto provoca esse “errar
é humano”? Quem é que se sente na posição e no direito de contrariar o senso
comum das coisas, das ações e atitudes mais consentâneas e racionais? O nosso
livre-arbítrio, claro... Quem já não conviveu com essa brutal realidade de
perceber, pressentir, de saber, de reconhecer que infringe que desrespeita seus
próprios pressentimentos naturais, contrariando assim a sua própria
consciência, a qual muitas vezes pressente
o alerta, lá no fundo da alma querendo dizer: tudo bem, é este o caminho que
você quer seguir, que você quer trilhar?
Você sabe que esse não será ou não vai ser o melhor resultado e as
melhores conseqüências... Mas é isso o que você quer e, você vai fazer? E, o
nosso livre-arbítrio desafiador, daquilo que é da ordem natural das coisas,
opta, decide pelo imprevisível, pelo intimorato e inconseqüente, e o resultado
logo virá com o sofrimento e o pagamento com as dores da alma, pela correção
imponderável, do rumo tomado de forma e de maneira errada e inconseqüente...
Mas, o livre-arbítrio é isso mesmo, ele sabe que
assim agindo ele está se igualando a uma força dominante que controla e domina
tudo, ele sabe que pela condição que lhe foi outorgada – o termo livre-arbítrio
por si mesmo já denota isso, seja: poder para agir independentemente – pode
ele se comparar com todo esse aparato da
Criação, se acha, se sente na condição de até mesmo desafiar e enfrentar essas
leis. O nosso livre-arbítrio sabe, percebe que lá no fundo no fundo detém uma
nesguinha do poder de Deus!
Só que o desafio do livre-arbítrio é contra ele
mesmo. Pois o livre-arbítrio foi estabelecido pelo Criador Absoluto de tudo e
de todas as coisas, exatamente com essa capacidade de provocar a
desestabilização daquele que é o resultado das suas próprias condições de existir,
que é o Ser Espiritual. O Espírito que é dono de uma Consciência Individual e que se encontra e está
infinitamente muito mais acima e em condições superiores em se comparado com o
livre-arbítrio.
Ou seja, o Espírito, que é o que constitui a nossa
Individualidade tem consciência, sabe que é condição sine qua non, a
convivência pacífica com esse elemento provocador que habita em nossa personalidade,
destinado a ficar nos testando, nos provocando e até mesmo instigando a cairmos
em contradição, falhas e erros pela vida
a fora, até que nos convençamos de que “errar é humano”, mas permanecer no erro
é um atraso indescritível, insuportável, tudo isso fruto do nosso tão decantado
e defendido livre-arbítrio, que no fundo no fundo não passa ou não deixa de ser
um tremendo carrasco da nossa própria ignorância e desconhecimento. Porém, ou o
que é bem pior, e que devemos reconhecer, ele o nosso livre-arbítrio impera
dentro de nós em virtude da nossa relutância e teimosia em não acatar, aceitar
e seguir os mandamentos das Leis de Deus!
Emmanuel Avelino.
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