Meus
irmãos – permitam-me assim chamá-los, já que somos filhos do mesmo Pai – como é
difícil se colocar histórica-filosófica-moralmente, diante deste imenso,
assombroso e crucial tema, aparentemente usado e empregado por todas as seitas
credos e religiões do planeta. Verdadeiramente é de causar medo, pavor àquele
que se atreve abordar e tocar neste ponto “X”, calcanhar de Aquiles, ponto fraco
dos que se dizem defensores e seguidores das palavras empregadas por JESUS na
sua última encarnação neste planeta.
Primeiramente
vamos ver o que nos dizem os filólogos, exegetas e lexicólogos, ou seja,
aquelas pessoas que se dedicam a pesquisar, esmiuçar e revelar o verdadeiro
sentido das palavras do nosso idioma. Vejam: “dízimo” que é uma palavra que vem
do Latim decimus, -a-, um, décimo, décima parte de um todo.
Esta palavra, gramaticalmente falando é um “substantivo masculino”que tem como
sentido e quer dizer o seguinte: a) décima parte = décimo, dízima; b)
contribuição avaliada na décima parte de um rendimento, = décima, dízima; c)
contribuição que a igreja católica exigia dos fiéis, e que consistia na décima
parte dos frutos que colhiam; d) antigo imposto de pescado cobrado pela Guarda
Fiscal, etc., etc.
Ora,
nós sabemos, porque a história nos informa o que se encontra assentado em
livros e atualmente em banco de dados da informática, que por causa desse
terminho aparentemente insignificante, muitas atrocidades já foram perpetradas
contra a humanidade. Seitas, credos, religiões, potentados e coisas semelhantes
já se digladiaram se trucidaram e desunidos se agrediram, sacrificaram e se
separaram em conseqüência de cismas e dissidência pelos interesses contrariados
e até mesmo traídos, relacionados especificamente ao terminho denominado
“dízimo”, e nós não podemos e nem devemos desconhecer, esconder e nem fazer
vistas grossas uma vez que a história da humanidade está cheia de informações a
esse respeito.
Não
era isso que JESUS queria, vejam meus irmãos, estamos colocando a palavra
“querer”, muito diferente da palavra “pregar, discursar, falar”. O que o
carpinteiro da Galiléia queria, procurava, buscava era a obtenção da anuência,
a concordância ao desejo de um para com outro, frente às necessidades das quais
todos ali eram carentes. Podemos dizer que JESUS induzia à mente dos que ali
viviam e seguiam ouvindo suas palavras, tentando dizer-lhes e aí sim,
falar-lhes com as seguintes advertências, e aí pregando dizia-lhes: “de verdade
em verdade vos digo: é dando que se recebe e perdoando que se é perdoado”.
Concitando e convocando a todos, requerendo aos seus seguidores da necessidade
de fazer o possível, de arranjar motivos para se permitir,
tolerar(principalmente quando se estivesse acompanhado de negação,
intransigência e má vontade) e admitir o desejo de estimar-se, o desejo de
ver-se, o desejo de amar-se.
Eis
como o Mestre dos Mestres cobrava dos seus seguidores a retribuição de tudo
aquilo que lhes era oferecido. JESUS não lhes cobrava nem um prato de comida,
se é que Ele dela mesmo necessitasse. Mas, o obejtivo de JESUS, a meta do seu
querer, era que todos se confraternizassem e que se pudessem e estivessem em
condições, que dividissem as suas posses e virtudes morais, com aqueles que
sofriam na alma as dores da carne - a reencarnação na matéria - a isso
poderiamos traduzir como sendo o amparo dispensado aos que sofriam, a piedade,
o amor e o calor humano aos nossos semelhantes. Para isso era bastante que se
oferecesse um ombro amigo, um ouvir caridoso, uma palavra amorosa e
reconfortante para com o nosso irmão, estimulando-o a elevar a sua auto-estima
em consonância com a vontade e o Amor de Deus.
Assim JESUS pregava, proclamava e louvava ao Pai, pedindo-Lhe a graça de poder realizar o seu querer que era unir os homens e fazê-los compreender que não viera apenas para ser o Messias esperado para consagrar e salvar um povo, mas que viera em benefício de toda a humanidade do Orbe; para isto estava concitando a todos seguirem suas palavras, pois não estava ali para pregar aos peixes ou pregar no deserto, muito menos para falar a quem não quer perceber, ou a quem despreza o que se lhe diz.
Portanto
meus irmãos, todo aquele que se apercebe e capta a Palavra Esclarecedora do
Mestre, tem consciência irrefutável de que muito recebeu, muito foi
beneficiado, muito conquistou com as dicas de JESUS, e tem ganhado muito,
fábulas, somas incalculáveis, seguindo a fé e o caminho do bem, orientado pelas
leis de nosso Pai maior que é DEUS. Esse ser humano sabe sobejamente que deverá
retribuir com ações, palavras e atos, àqueles que ainda não descobriram esse
caminho, porém, como cada um vai retribuir e destinar a sua gratidão, só o seu
coração poderá saber, nem mesmo JESUS interfere porque senão estaria
interferindo numa lei Eterna criada pelo nosso Pai que É DEUS. Essa lei deixa a
critério de cada um dos Seres criado pelo nosso Pai, que são os Espíritos, para
agirem de conformidade com a sua consciência e o seu livre arbítrio. Sabemos
sim, de que a quem muito se dar muito será cobrado. Esta sim, é uma lei para
qual todos nós deveremos estar atentos para correspondê-la, sem o que estaremos
constantemente em débito, Assim Falou Jesus!
Natal, 07/03/2011.
Emmanuel Avelino.
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