IL POVERELLO

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O MAGNETISMO DO BANHO

 
O MAGNETISMO DO BANHO - ANDRÉ LUIZ - CHICO XAVIER
 
 




 
 
O contato da água no corpo provoca um estímulo magnético que percorre todo o organismo, deixando-o calmo, e preparando-o para o sono reparador ou para as lutas de cada dia.
 
O banho diário, quando encontra na mente apoio, torna-se um passe.
 
Além das virtudes curativas da água, enxertar-se-ão fluidos magnéticos, de acordo com a irradiação da alma.
A disciplina dos pensamentos é uma fonte de bem-estar na hora da higiene do instrumento carnal.
No instante do banho é preciso que se entenda a necessidade da alegria, que nosso pensamento sustente o amor, até um sentimento de gratidão à água que nos serve de higiene.
Visualize, além da água que cai em profusão, como fluidos espirituais banhando todo o seu ser.
O impulso dessa energia destampa em nosso íntimo a lembrança da fé, da esperança, da solidariedade, do contentamento e do trabalho.
Por este motivo, banho e passe, conjugados, são uma magia divina ao alcance de nossas mãos.
O chuveiro seria como um médium da água e dele sai o fluido que vivifica o corpo.
Poder-se-á vincular o banho ao passe, e ele poderá ser uma transfusão de energias eletromagnéticas, dependendo do modo pelo qual nós pensamos enquanto nos banhamos.
Uma mente ordenada na alta disciplina e pela concentração, em segundos, selecionará, em seu derredor, grande quantidade de magnetismo espiritual e os adicionará, pela vontade, na água que lhe serve de veículo de limpeza física, passando a ser útil na higiene psíquica.
Observem que, ao tomar banho, sentimo-nos comovidos, a ponto de nos tornarmos cantores!
E a alegria advinda da esperança nos chega da água, que é portadora dos fluidos espirituais, que lhes são ajustados por bênção do amor.
 
O lar é o nosso ninho acolhedor, e nele existem espíritos de grande elevação, cuja dedicação e carinho com a família nos mostrará como Deus é bom.
Essa assistência atinge, igualmente, as coisas materiais, desde a harmonização até o preparo das águas que nos servem.
Quantas doenças surgem e desaparecem sem que a própria família se conscientize disso?
É a misericórdia do Senhor pelos emissários de Jesus, operando na dimensão oculta para os homens, e encarregados de assistir ao lar.
Eles colocam fluidos apropriados nas águas para o banho, e nas que bebemos.
E, quando eles encontram disposições mentais favoráveis, alegram-se pela grande eficiência do trabalho.
Na hora das refeições, é sagrado e conveniente que as conversas sejam agradáveis e positivas.
 
No momento do banho, é preciso que ajudemos, com pensamentos nobres e orações, para que tenhamos mãos mais eficientes operando em nosso favor.
Se quisermos quantidade maior de oxigênio nitrogenado, basta pensarmos firmemente que estamos recebendo esses elementos, e a natureza nos dará isto, com abundância.
É o "pedi e obtereis", do Cristo.
E, com o tempo, estaremos mestres nessa operação que pode ser considerada uma alquimia.
A alegria tem também bases físicas.
Um corpo sadio nos proporcionará facilidades para expressar o amor.
Quando tomar o seu café pela manhã, tome convicto(a) de que está absorvendo, juntamente com os ingredientes materiais, a porção de fluidos curativos, de modo a desembaraçar todo o miasma pesado que impede o fluxo da força vital em seu corpo.
E sairá da mesa disposto(a) para o trabalho, como também para a vida.
Despeça-se de sua família com carinho e atenção, e deixe que vejam o brilho otimista nos seus olhos, de maneira a alegrar a todos que o amam; assim, eles lhe transmitirão as emoções que você mesmo despertou neles e isso lhe fará muito bem.
Lembre-se de que um copo de água que tome, onde quer que seja, pode ser tomado e sentido como um banho e passe internos.
Não se esqueça de bebê-lo com alegria e amor, lembrando com gratidão de Quem lhe deu essa água tão necessária, pois se ela vem rica de dons espirituais, aumentará a sua conexão com o divino poder interno.
É muito bom estar consciente a cada coisa que nos acontece e estar agradecido, se sentindo abençoado(a) e cheio(a) de amor.
A consciência, a gratidão e o amor são dois caminhos paralelos, que a felicidade percorre com alegria.
 


domingo, 25 de agosto de 2013

APÓSTOLO PAULO


 
 
«Olhai que ninguém vos engane por meio de filosofias e ocas subtilezas, segundo as tradições dos homens, conforme os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo. Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade, e vós estais completos nele... »
 
 

domingo, 18 de agosto de 2013

CONHECEREIS A VERDADE...



 
CONHECEREIS A VERDADE...
 
Inocêncio III beijou os pés de Francisco de Assis?
 
Corre uma lenda, entre os católicos romanos, que diz que o vaidoso papa Inocêncio III quando se encontrou com Francisco de Assis lhe beijou os pés. Mas terá sido mesmo assim?
A este respeito Justo L. González observa:
O encontro entre Francisco e Inocêncio deve ter sido dramático. Inocêncio era o papa mais poderoso que a história tinha conhecido (...) à sua disposição estavam as coroas dos reis e os destinos das nações. Diante dele, o pobrezinho de Assis, a quem pouco importavam as intrigas da época, e cuja única razão para querer conhecer o imperador era pedir-lhe que promulgasse uma lei proibindo a caça de “minhas irmãs, as avezinhas”. Um altivo; o outro esfarrapado. (...) Conta-se que o Pontífice recebeu o pobrezinho com impaciência.
- Vestido como estás, mais pareces um porco que um ser humano –  disse, – Vai viver com os teus irmãos.
Francisco se inclinou e saiu em busca de uma pocilga. Ali passou algum tempo entre os porcos, revirando-se no lodo. Depois regressou para onde estava o papa, e com toda humildade se inclinou novamente e lhe disse:
- Senhor, fiz o que mandaste. Agora te rogo que faças o que eu te peço. [1]
Se se tratasse de outro papa, a entrevista teria terminado ali mesmo. Mas parte do génio de Inocêncio estava precisamente em saber medir o valor das pessoas, e unir os elementos mais díspares sob a sua direção. Naquele momento o franciscanismo nascente esteve na balança, como uma geração antes estivera o movimento dos valdenses. Mas Inocêncio foi mais sábio que o seu predecessor, e a partir de então a igreja contou com um dos seus mais poderosos instrumentos.”
(Justo L. González, Historia del Cristianismo. Miami: Unilit, 1994, Tomo I, p. 510)

[1] Francisco, acompanhado por uma dezena de seguidores, tinha decidido ir a Roma pedir ao papa, na altura Inocêncio III, a autorização para fundar uma nova ordem.
Terça-feira, 26 de Fevereiro de 2013


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

A CASA ESPÍRITA




A CASA ESPÍRITA
 

A Você que está chegando.

Por Joana Abranches (Espírito)

Hoje a palavra é para você, companheiro de muitas procuras, que chega à Casa Espírita em busca do bálsamo que alivie uma grande dor, da palavra que ajude a superar um momento de crise ou que preencha algum “não sei quê?” esquisito que lhe deixa enorme vazio cá dentro do peito.

Talvez esta seja a derradeira porta, após tantas tentativas de encontrar o equilíbrio, a paz, enfim, o sentido da vida. E o seu coração se divide agora entre esperanças e temores. Afinal, foram tantas as frustrações... Mas, como diz a canção da Zizi Possi... “Vá, e entre por aquela porta ali, não tem caminho fácil não, é só dar um tempo que o amor chega até você”...

Pois é, amigo, grupos espíritas não são igrejas. São espaços fraternos de vivência do Evangelho de Jesus, à luz da Doutrina Espírita, uma espécie de oficinas do bem, onde se busca, em conjunto, aprender e exercitar esse tão decantado amor ao próximo. Então, por favor, não nos idealize. Não espere uma bondade e elevação que ainda não possuímos.

O espírita professa uma fé racional que, facilitando a compreensão dos porquês da existência, aumenta também a responsabilidade de uma mudança de atitude para melhor, diante dos desafios cotidianos da vida. Porém, não nos enganamos, nem queremos lhe enganar a respeito de quem somos. Somos exatamente como você. Sentimos as mesmas dificuldades afetivas, emocionais, sexuais, espirituais e tantas outras, inerentes à nossa condição humana de seres em evolução. Estamos todos no mesmo barco, amigo, mas remar juntos para chegarmos em segurança à outra margem da vida – que é o nosso destino e lugar de origem – certamente fará toda a diferença. E isto nós queremos e podemos fazer.

Não temos rituais ou chefes religiosos. Trabalhamos em regime de cooperação fraterna e voluntária, conforme as aptidões e disponibilidade de cada um, em benefício de todos os que aqui chegam. Por isto, querido amigo, ao entrar por aquela porta, não espere encontrar sacerdotes investidos de superioridade ou poder. Não espere encontrar um grupo seleto de iniciados em “mistérios do Além” ou indivíduos infalíveis que lhe digam, a todo tempo, o que fazer, pois encontrará apenas pessoas comuns, com muitas certezas e convicções sim, mas também com crises e inseguranças, assim como as suas.

Aqui você vai encontrar aprendizes na arte de servir. Gente que se sente feliz em contribuir para a felicidade alheia, pessoas sempre prontas a acolher, ouvir e amparar. Não suponha, porém, que estejamos isentos de provas e problemas. Assim como você, lutamos e sofremos. Apenas optamos pela ação no bem como forma de trabalhar em nós mesmos o próprio aperfeiçoamento, contribuindo para a construção de uma sociedade melhor, ao mesmo tempo em que buscamos, no estudo e no trabalho, as respostas e a coragem necessárias para enfrentar as nossas próprias batalhas na arena da vida.

Entre nós, encontrará também companheiros esforçados na tarefa de consolar e esclarecer. Não nos tenha, porém, como sábios inquestionáveis ou seres santificados. Assim como você , não vivemos alheios às dificuldades do mundo. Creia, amigo, o nosso maior desafio é exemplificar, na prática, as verdades espirituais que conhecemos e pregamos. No dia a dia, sobretudo lá fora, esforçamo-nos por ser pessoas mais pacificadoras, generosas, fraternais, e, sinceramente, nem sempre o conseguimos...

Mas, se é grande ainda a nossa imperfeição, maior é a alegria de vê-lo chegar. E assim como Pedro, o apóstolo rude e sincero de Jesus, apesar do reconhecimento da nossa pequenez humana e espiritual, é muito bom poder aconchegá-lo com carinho e lhe dizer do fundo do coração: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho vos dou”. (Atos, 3:6)

Caminhemos juntos!

(Extraído do Reformador, de Dezembro de 2009, página 39)