CONHECEREIS A VERDADE...
Inocêncio III beijou os pés de
Francisco de Assis?
Corre uma lenda,
entre os católicos romanos, que diz que o vaidoso papa Inocêncio III quando se
encontrou com Francisco de Assis lhe beijou os pés. Mas terá sido mesmo assim?
A
este respeito Justo L. González observa:
“O encontro entre Francisco e Inocêncio deve
ter sido dramático. Inocêncio era o papa mais poderoso que a história tinha conhecido
(...) à sua disposição estavam as coroas dos reis e os destinos das
nações. Diante dele, o pobrezinho de Assis, a quem
pouco importavam as intrigas da época, e cuja única razão para querer
conhecer o imperador era pedir-lhe que promulgasse uma lei proibindo a caça de
“minhas irmãs, as avezinhas”. Um altivo; o outro esfarrapado. (...) Conta-se que o Pontífice recebeu o
pobrezinho com impaciência.
- Vestido como estás, mais pareces um porco que um
ser humano – disse, – Vai viver com os
teus irmãos.
Francisco se inclinou
e saiu em busca de uma pocilga. Ali passou algum tempo entre os porcos,
revirando-se no lodo. Depois regressou para onde estava o papa, e com toda
humildade se inclinou novamente e lhe disse:
- Senhor, fiz o que
mandaste. Agora te rogo que faças o que eu te peço. [1]
Se se tratasse de
outro papa, a entrevista teria terminado ali mesmo. Mas parte do génio de
Inocêncio estava precisamente em saber medir o valor das pessoas, e unir os
elementos mais díspares sob a sua direção. Naquele momento o
franciscanismo nascente esteve na balança, como uma geração antes estivera o
movimento dos valdenses. Mas Inocêncio foi mais sábio que o seu predecessor, e
a partir de então a igreja contou com um dos seus mais poderosos instrumentos.”
(Justo
L. González, Historia del Cristianismo. Miami: Unilit, 1994, Tomo I, p. 510)
[1] Francisco, acompanhado por uma dezena de seguidores, tinha decidido ir a Roma pedir ao papa, na altura Inocêncio III, a autorização para fundar uma nova ordem.
[1] Francisco, acompanhado por uma dezena de seguidores, tinha decidido ir a Roma pedir ao papa, na altura Inocêncio III, a autorização para fundar uma nova ordem.
Terça-feira, 26
de Fevereiro de 2013
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