IL POVERELLO

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

UM ALERTA AO ESPÍRITO

Nós Espíritos que estamos provisoriamente vivendo em um corpo constituído de matéria densa, plasmada, a que chamamos de carne, temos que admitir que este estágio é o resultado, é a conseqüência, é o efeito, é o fruto de um aparato, de um contexto, de um mecanismo cósmico, o que vem a ser um processo complexo da engenharia do mundo quintesseciado onde habitam os Espíritos e se encontra em uma dimensão que é inatingível pelos cinco sentidos utilizados pelo Espírito quando está encarnado na matéria.


Portanto se constitui em uma monstruosa ignorância alguém querer demonstrar e descobrir quem é Deus, ou como funcionariam as leis de Deus que estão muito além da nossa vã inteligência, inteligência esta que se encontra limitada às percepções dos nossos cinco sentidos, sentidos estes limitadores por si mesmos do conhecimento humano.


Vamos ver se entendemos tudo?...


Ora, quando eu Espírito estou encarnado na matéria, que é o que está acontecendo agora, neste exato momento em que escrevo estas linhas, esse meu existir, para que eu possa estar nele, necessário se fez que eu Espírito o houvesse preparado antecipadamente, antes de descer à carne. Sim, eu preparei toda essa situação, para que vindo ingressar nela tudo pudesse se dá e acontecer mais ou menos como fora a minha previsão e o planejamento a que me submeti por ocasião da minha necessidade de encarnar para cumprir minhas tarefas para o meu progresso material e espiritual.


Isso quer dizer que há em volta de mim, tanto da minha parte material, do meu corpo de carne, quanto do meu corpo Espírito um verdadeiro aparato laboratorial e de leis que regem todo esse processamento, que me mantêm existindo e percebendo o meu desempenho dentro de todos os fatos que constituem e correspondem à minha própria vida a qual deverá estar atuando de acordo com o que me fora programado para essa encarnação e que tenho que dar conta, sempre em busca do êxito e do sucesso, daquilo que me propus realizar e alcançar.

O nosso eu egoístico nem sempre se dar por conta dessa realidade, desse compromisso assumido, seja como uma prova, seja como num processo de expiação, seja numa missão, etc. Até que, quando, aqui chegamos em um processo de missão, momento esse em que se trona mais fácil ao Espírito perceber esse estágio, perceberá mais facilmente, pois que o mesmo já se encontra mais evoluído e despertado para essa realidade.


É o caso de individualidades que já vêm e chegam trazendo em sua bagagem missões. Incisivas, muito claras diante do processo existencial, nos servindo de exemplo vidas como a de Francisco de Assis, Francisco Xavier, Cícero Romão Batista, Joana D’Arc, apenas para citar alguns.


Via de regra nós espíritos somos relutantes ao compromisso assumido toda vez que ingressamos no corpo denso. Encontramos sempre um motivo, uma brecha para fugirmos desse compromisso e só fazemos aquilo que no nosso entender for mais sutil, mais suave, para a nossa existência material. Nesse ponto, agindo de forma matreira e fugindo da nossa real condição de Espírito compromissado, estamos assumindo uma condição da lei, que manda que seja observado e acatado o nosso livre-arbítrio.

Aí, lá se vai tudo por água abaixo. E, mais uma vez, mais uma existência é usada para nos desviarmos da nossa caminhada de melhoramentos e evolução. Todavia, toda essa situação deve ser entendida e respeitada pelos nossos mentores e protetores superiores e espirituais. Dizem eles: fazer o quê? Mais uma vez houve prevalecido o livre-arbítrio. Ou seja, mais uma vez fugimos dos nossos compromissos reencarnatórios.


E, voltando ao mundo espiritual, lá vamos ficar por mais um longo período, um longo tempo, caminhando à deriva até quando mais uma vez somos socorridos e conduzidos a um tratamento espiritual para que tenhamos refeitos os nossos padrões vibratórios e possamos entender o que se passou com a nossa vida em mais uma etapa queimada e não aproveitada na última encarnação vivenciada.


É bom que possamos compreender de que nada disso se dá por acaso. Na nossa ficha, no nosso cadastro existencial, lá estar registrado e arquivado, com observações e tudo o mais, todos esses momentos vivenciados e passados por nós Espírito andante e viajor dos tempos.


Esse aparato todo nos acompanha sistematicamente, ele nos observa, nos monitora, nos assiste em todos os momentos da nossa existência como Espírito. E, cada vez que encarnamos o cerco vai apertando, provas são exigidas para que tenhamos créditos de podermos solicitar novos ingressos na matéria. Expiações são impostas para provocar o despertar e o alerta para os compromissos assumidos e sempre esquecidos após o ingresso na carne.


As missões que às vezes são impostas, servem para propiciar a correção da rota sempre desviada, e é por isso que não raras vezes nos damos por conta do envolvimento que nos cerca a nos provocar dores, sofrimentos, mal estar, etc., para que entendamos verdadeiramente a obra de Deus. Para que percebamos que não há porque fugir sempre do que foi planejado, do que foi decidido antes da encarnação no corpo material.


Fica até ridículo que só imaginemos a desculpa e o perdão pelos nossos deslizes frente ao não cumprimento dos nossos compromissos, como se em tudo isso fosse passado uma borracha e deixasse de existir na nossa fichinha escolar do nosso jardim de infância espiritual!


Não, esses dados nunca deixarão de existir. Eles sempre nos serão mostrados e exibidos sempre e quando tivermos que mais uma vez negociarmos a próxima oportunidade de ingresso na carne para almejarmos a nossa melhora material e o nosso progresso evolutivo como ser espiritual.


E o pior. Pior porque não devemos desconhecer e, portanto devemos estar cientes de que voltaremos tantas vezes quantas forem necessárias para honrarmos todos os nossos compromissos uma vez que como Espírito somos seres imortais, somos eternos!



Rio, 14/12/2011

Emmanuel Avelino.

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