IL POVERELLO

quinta-feira, 7 de junho de 2012

ALGUÉM TEM MEDO DE ESPÍRITO?

Por que devo esconder a minha condição de espírito? Esconder de quem que sou um espírito? Como esconder, eu que sou um espírito,  de você que também é um espírito? Como se isso fosse possível! Mas, me esconder de você em minhas condições viva de luz, de energia em si manifesta, consciente e possuidora de razão, tudo isto estabelecido pelo detentor das energias das energias? É isso a que se denomina a causa primária de todas as coisas! Como me esconder perante todo esse contexto existencial? Espírito sou e caminho na minha condição progressiva de ter partido do zero da ignorância para a perfeição da minha sabedoria, trilhando uma escala de evolução na qual vou me equiparando desde o verme até minha inteligência sublime e próximo da perfeição suprema!  Como não reconhecer que é um espírito a se manifestar àquele que mediante o seu grau de evolução neste instante se encontra vibrando e em sintonia com as forças da natureza e seus elementares e que por isso mesmo estar ainda hoje  na escala dos aborígenes? Como descartá-lo da sua condição primitiva e dizer que só reconhecemos a manifestação de espíritos puros, perfeitos e superiores com os quais nos comunicamos pelos canais de médiuns  e videntes? É possível pelo fato de ainda estar um espírito num grau atrasado da sua evolução, deixar ele de também ser um espírito? Só devemos levar em consideração a manifestação dos espíritos, ditos superiores, para que possamos acreditar na existência e na manifestação verdadeira de um espírito e levá-lo em acatamento, enquanto para um espírito atrasado na sua escala evolutiva, para este a sua manifestação – através de um médium, é claro – não existe? Podemos creditar a existência do espírito que se apresenta confirmando a sua condição de ter passado entre nós, demonstrando que fora no passado Chico Xavier – isto é um exemplo – nos convencendo mediante a demonstração dos seus feitos e não devemos acreditar num outro espírito que nos visita demonstrando de que fora no passado um preto velho ou um índio, mediante a demonstração dos seus feitos? Aquele fora Chico Xavier, esse fora  Araribóia, esse outro fora uma preta velha conhecida por vovó Maria Conga da Bahia? A todos devemos reconhecer como sendo espíritos, ou apenas só reconheceremos se for o espírito de Chico Xavier, André Luiz, Bezerra de Menezes, porque espíritos de mais luz e de maior evolução é que se nos será permitido tê-los como espíritos e aos outros não? Afinal todos somos espíritos. Encarnados hoje, ontem desencarnados, amanhã novamente desencarnado, como não reconhecer esse processo da nossa própria caminhada espiritual, e por que ter vergonha de bradar a nossa condição mesma de ser extra corpóreo se não passamos disso e não seremos outra coisa, quer queiram quer não, do que meros espíritos a perambular pelos escaninhos da existência cósmica, como energia bruta em processo de lapidação,  purificação e aperfeiçoamento? Fica aqui, finalmente, uma interrogação,  alguém aqui entre nós, desconhece que é um espírito? Alguém aqui entre nós tem medo de ser espírito?

Rio, 31/05/2012

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