IL POVERELLO

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

MAMA ITÁLIA...




 
Monstros marinhos povoam Ostia Antica, atração pouco conhecida de Roma.
 

Marcel Vincenti
Do UOL, em Ostia Antica (Itália)*
 
 
 
 

Conheça Ostia Antica, região portuária do Império Romano26 fotos

20 / 26
Com uma média de 250 mil visitantes por ano, Ostia Antica teria sido abandonada por seus habitantes no decorrer do século 5 d.C., quando tornou-se, por ocasião do declínio do Império Romano, um lugar fácil de ser atacado por piratas (uma epidemia de malária também teria empurrado a população nativa para outras paragens) Leia mais Marcel
 

Os italianos costumam dizer que, para conhecer Roma, “uma vida não basta”. Surpreende saber, portanto, que a estadia dos turistas brasileiros na Cidade Eterna dura, em média, menos de quatro dias.
A cerca de 50 minutos do Coliseu e da Fontana de Trevi existe uma atração que pode fazer com que uma visita ao antigo lar dos Césares se prolongue um pouco mais. E esse lugar está intrinsicamente ligado à história da cidade que um dia foi chamada de “caput mundi” (capital do mundo).
Colado ao ponto em que o rio Tibre desemboca no mar Tirreno, a apenas 25 km do centro de Roma, Ostia Antica foi uma das principais áreas portuárias da República e do Império Romano, um ponto de conexão fundamental entre a metrópole e seus domínios ao redor do Mediterrâneo. Hoje, é considerado um dos maiores parques arqueológicos da Europa, recheado de monumentos com milhares de anos de história.
Alguns historiadores afirmam que as primeiras construções do que viria a ser Ostia Antica foram levantadas pelo quarto rei de Roma, Anco Marzio, por volta de 620 a.C., para defender a entrada do rio Tibre (e um campo de extração de sal que existia na área) de inimigos que navegavam pelo mar Mediterrâneo. “Ostium”, em latim, significa foz, e designava o local em que o Tibre, o curso d’água que alimentou a civilização romana durante séculos, se encontrava com o oceano.
 
  • Arte/UOL
    Ostia Antica fica a 25 km do centro de Roma
  •  
    Hoje, os restos de uma fortaleza (também chamada de "castrum") do século 4 a.C. são os resquícios mais antigos que podem ser observados no sítio arqueológico. Mas, a partir desse período, surgem no local monumentos que se encontram em excelente estado de conservação, como um teatro de 3.000 lugares que começou a ser erguido pelo imperador Augusto e pelo general Marcus Agrippa, uma área de banhos termais com mosaicos perfeitamente preservados e até uma antiga peixaria, decorada com figuras de monstros marinhos.
    “Este é um dos mais completos parques arqueológicos da Europa, mas que ainda não foi descoberto por muitos turistas”, avalia Monica Valeri, delegada da secretaria de turismo de Ostia, que está dentro da jurisdição da cidade de Roma. “Poderíamos ter a mesma fama de Pompeia [cidade que foi devastada por uma erupção vulcânica em 79 d.C. e hoje é um destino extremamente popular na Itália], mas não temos nenhuma história de catástrofe para contar”.
     
    Com uma média de 250 mil visitantes por ano (número considerado baixo, visto que Roma recebe cerca de 30 milhões de turistas anualmente), Ostia Antica teria sido abandonada por seus habitantes no decorrer do século 5 d.C., quando tornou-se, por ocasião do declínio do Império Romano, um lugar fácil de ser atacado por piratas (uma epidemia de malária também teria empurrado a população nativa para outras paragens). Reestruturado por arqueólogos a partir do começo do século 20, o lugar requer pelo menos a metade de um dia para ser desbravado.
    Morte e arte
    Ao entrar em Ostica Antica, nos arredores das ruínas da Porta Romana (aquela que abria o caminho para Roma), o turista se depara com uma relva verdejante pontuada por lápides, que marcam túmulos abertos entre os séculos 2 a.C. e 4 d.C. “Esta é a necrópole de Ostia Antica”, explica o guia Roberto Anconetani. “A entrada do sítio arqueológico fica em uma área periférica da antiga cidade, que é onde se enterravam os mortos, por estar longe da zona comercial e residencial”.
     
    Marcel Vincenti/UOL
    Ostia Antica teria sido abandonada por seus habitantes no decorrer do século 5 d.C., quando tornou-se, durante o declínio do Império Romano, um lugar fácil de ser atacado por piratas
     
    O visitante ingressa então na via Decumanus Maximus, uma das principais artérias de Ostia Antica e que se encontra cercada por imensas árvores e diversas construções onde funcionavam centros de águas termais, uma das paixões romanas (existiam 20 complexos de banhos termais no local).
    É em Decumanus Maximus que estão as “Terme dei Cisiarii” e as “Terme di Nettuno”, esta última construída durante o império de Adriano (117 a 138 d.C.) e que exibe sobre seu solo, em ótimo estado de conservação, um lindo complexo de mosaicos que mostram sereias, monstros do mar e Netuno em uma biga puxada por cavalos-marinhos. Outro mosaico mostra homens engajados em algum tipo de luta -- atividade também amada pelos comandantes do antigo império.
    Na época de Adriano, Ostia Antica torna-se uma cidade grande: calcula-se que, na segunda metade do século 2 d.C., o lugar abrigava mais de 50 mil habitantes e, além de posto de defesa militar, funcionava como um movimentado entreposto comercial para produtos que circulavam entre Roma e os confins do Império.
    “Os romanos eram navegadores práticos”, conta o guia Roberto Anconetani . “Eles estavam mais preocupados em proteger e interligar seus territórios nas bordas do Mediterrâneo do que em descobrir novas terras”.
    O dom romano para erguer obras monumentais, porém, ainda reverbera nos dias de hoje: perto das “Terme di Nettuno” existe um teatro que irá encantar os amantes de arquitetura. Erguido a mando do general Marcus Agrippa (63 a.C. – 12 a.C.), o local chegou a ter capacidade para receber mais de 3.000 espectadores. As arcadas de sua fachada estão em excelente estado de conservação e suas arquibancadas podem ser escaladas pelos visitantes.
     
     
    Marcel Vincenti/UOL
    Na época do imperador romano Adriano, Ostia Antica chegou a ter 50 mil habitantes
     
    Boa parte do plano urbanístico de Ostia Antica começou a ser desenvolvida durante o império de Augusto (31 a.C. a 14 d.C.), mas diversos de seus sucessores deixaram marcas no local. Ao final do século 1 d.C., Dominiziano teria encomendado ao genial arquiteto Apollodoro di Damasco a construção de diversas moradias para a então crescente população local.
    E as diversas estátuas de simetria perfeita que ainda adornam as ruas da cidade provam que, em Ostia Antica, a arte era tão importante quanto o comércio. A cidade também devia ser cosmopolita: nas ruínas foram encontrados restos de uma sinagoga e construções de estilo oriental.
    Vale lembrar que, apesar de ter nascido como um assentamento portuário, Ostia Antica não está mais perto da água: com seu curso alterado no decorrer dos séculos, o rio Tibre se afastou do sítio arqueológico, e até o oceano recuou e se separou do antigo porto: hoje, as águas do mar Tirreno estão a cerca de 4 km de Ostia Antica.
    Com tanta história para observar, porém, o turista pouco se chateará ao não enxergar nenhuma praia por perto
    COMO CHEGAR DESDE O CENTRO DE ROMA
    Da estação Porta San Paolo: pegar a linha de trem Roma-Lido e descer na estação Ostia Antica, que fica a uma caminhada de cinco minutos das ruínas. É também possível pegar a linha B do trem na Estação Termini (o principal terminal ferroviário de Roma), descer na estação Porta San Paolo e, de lá, pegar a linha Roma-Lido até Ostia Antica. Endereço: Viale dei Romagnoli, 717 – Ostia Antica – Roma
    HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO (Abertura e fechamento da entrada)
    Do último domingo de outubro até o dia 15 de fevereiro: Das 8h30 às 15h30.
    De 16 de fevereiro a 15 de março: das 8h30 às 16h.
    De 16 de março ao último sábado de março: das 8h30 às 16h30.
    Do último domingo de março ao dia 31 de agosto: das 8h30 às 18h15.
    De 1º a 30 de setembro: das 8h30 às 18h.
    De 1º de outubro ao último domingo de outubro: das 8h30 às 17h30.
    Fechados todas as segundas-feiras e nos dias 25/12 e 1/1.
    Preço do ingresso: 8 euros
    *O repórter Marcel Vincenti viajou à Itália a convite da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura.
    De trem, com integração com o metrô, chega-se a Ostia em aproximadamente 30 minutos.
    Então, BOA VIAGEM!!!!!
     
     

    domingo, 1 de dezembro de 2013

    ENTÃO É NATAL !...


     Nossos votos são:
    


    Que o natal venha repleto de muita alegria e muita paz nos corações dos homens! 

    HAJA FÔLEGO...





    HAJA FÔLEGO...

     

    É isso mesmo, tenho tomado muito fôlego e pedido muito fôlego para adentrar, enveredar....imergir, penetrar, se quiserem, nesse tema, do qual fica difícil se afastar, face o estrelismo que se criou em torno do mesmo, muito embora seja o mesmo um senhor ancião, com milhares e milhares de séculos nas costas.

    Mas ele teima, é teimoso, é atávico, e como diz o nosso Irmão e Espírito da Alta Esfera da Luz, Anton, em sua obra “Jornada Planetária”, são Espíritos rudimentares, que segundo ele estão presos “às experiências sensoriais no campo íntimo de suas emoções que vão aos poucos lhe dando o entendimento sobre o amorobservação nossa: amor essência, diga-se de passagem –,  o ódio, o egoísmo, o orgulho, forçando-o, a partir de então, a estabelecer conceitos sobre o amor, ódio, etc., que passarão a nortear o seu relacionamento com os seus semelhantes.”

    Um outro Irmão nosso não menos iluminado que é Jorge Andréa, esse ainda atualmente vivendo no seu corpo matéria, portanto ainda encarnado, vivo e profundamente operante, possuindo nada mais nada menos do que 12(doze) obras científicas sobre o assunto, sendo uma delas a que vamos agora citar trechos da mesma, “Forças Sexuais da Alma”, nos diz em seu Capítulo IV que trata do seguinte tema: Intersexualismo, Transexualismo, e mudanças de polarização sexual em face da Encarnação, Homosexualismo. Às pgs. 123, diz: “a força sexual pretérita da alma(nossa observação: quer dizer de vidas passadas em outras reencarnações), aqueles vórtices ainda plenificados das emoções e experiências passadas, não consegue deixar de influenciar o psiquismo do novo corpo que apóia órgão sexual de tendências opostas”, (observação nossa: quer dizer que: o mau uso feito pelo espírito em outras encarnações das suas condições sexuais estarão se refletindo em futuras vidas na matérias, e que nessas vidas e nesses corpos que em futuro deverão habitar, aí nesses corpos haverão de reparar o mau que perpetraram aos seus semelhantes em vidas passadas. Seria uma reparação e um resgate do mal que causaram a si próprio, como também   a outros espíritos, com os quais conviveram no passado).

    Continua o autor professando o seu conhecimento científico – sim científico, pois o Dr. Jorge Andréa é Biólogo, Médico, Psiquiatra, Cientista Espírita com estudos de profundidade nesta doutrina com o apoio de Entidades Espirituais do porte de Dr. Bezerra de Menezes, Dr. André Luiz, Dr. Inácio Ferreira, Dr. Onofre Lopes, e outros, apenas para citar os mais conhecidos – e afirma: “ entretanto, para os que se encontram nessa posição, como faixa de transição, haveria as solicitação do passado psicológico na nova personalidade corpórea oferecendo distonias, sempre com algum perigo de deslizes no campo patológico”.

    Entretanto, aquele que queira se aprofundar sobre o assunto sugerimos as obras do Dr. Jorge Adréa e outras muito mais que existem no mercado editorial brasileiro, porém para concluir com as informações do Eminente Cientista, consideramos o seguinte: “ Ninguém se realiza no caminho do desequilíbrio e da desordem. A prática deformante é resultado da distonia íntima que carrega consigo, cujo processo desencadeará desajustes, principalmente no setor moral”.

    Bem, diante do que escrevi  acima já dá para entenderem do que desejo abordar neste artigo. É claro, é claro!... Deus em sua obra criadora nos deixou a seguinte advertência: “crescei e multiplicai-vos”. Bem, mas o que isso quer dizer, onde se quer chegar? É o seguinte: abram os jornais, vejam as revistas e televisão, internet e tudo o mais que nos invadem o nosso sagrado lar( Quem disse que ele é sagrado também foi Deus), inclusive sem pedir licença e nem permissão, com fotos, reportagens, filmes, e tudo o mais abordando e fazendo apologia do tema que estamos falando. As fotos não negam e nem os discursos e reportagens que iremos anexar a esse artigo em todos os blogs que alimentamos.

    Mas voltemos ao “Crescei e multiplicai-vos”, que no meu entender não é apenas uma advertência, mas é uma ordem é determinação de Deus, e eu quero cumpri-la e honrar. Lindas personagens, lindos pares, belos casais(duplas) – casais é quem casa e cumpre a ordem de Deus de “Crescei e multiplicai-vos”- desfilam diuturnamente pelos meios de comunicação se exibindo e às vezes em tom de profecias enchem o peito e proclamam suas verdades, que pelo que se ouve e percebe não são as verdades de Deus.

    Digressão: O dicionário diz:

    http://www.dicionarioinformal.com.br/casal/


    Por Adelson Mendes de Assis (SP) em 27-02-2008

    S..m.(o)
    1. Par composto de macho e fêmea (animais) ou de mulher e homem (pessoas).

    BELO CASAL
    (Mendes de Assis)

    Olha.
    Que legal!
    Formamos um belo casal!

    Há quem diga que "somos impuros."
    Você nova, eu velho.
    "Amor banal, promíscuo, interesseiro"
    Não ligamos.
    Não faz mal.
    Amamos.
    Formamos um belo casal.

    A finalidade do acasalamento do casal é a procriação, a reprodução animal, o que somos também, e o atendimento ao chamado de Deus pela multiplicação, a qual tem o sentido e a finalidade de fazer com que ao Planeta Terra cheguem todos aqueles irmãos Espíritos, necessitados e carentes da misericórdia e caridade divinas, para que nessa jornada das reencarnações possam ter a oportunidade e a chance de repararem seus erros de vidas passadas e acertar arestas criadas em outra tantas vidas com os seus semelhantes, e que nessa vida possam fazer reajustes e acertos de contas com seus afetos e desafetos.

    Nada do que vemos e ouvimos pelos quatro cantos do Planeta Terra, prega isso, defende e exalta essas verdades que não são minhas, mas que são de Deus. Ou não!?... Fiquem à vontade para discordar de mim, de mim não, de Deus. Não vejo inclusive os seguimentos “religiosos” se pronunciarem sobre o fato, fazerem uma exegese bíblica do assunto e tema palpitante e corriqueiro na mídia, não vejo! E, onde estão e por que não aparecem inclusive o meu seguimento que é o Espírita. Como quem cala consente, fica difícil saber quem é quem neste contexto de idéias.

    Todavia deixo a minha sugestão e a minha palavra de incentivo a todos que queiram descobrir as nuances desse universo psíquico do ser humano que está na profundeza de suas almas, que são os vórtices da sexualidade que cada um dos Espíritos carrega, criados e encaminhados por seu Criador para esse turbilhão de mundos e planetas do Cosmo, destinados a processarem as mudanças substanciais e evolutivas dos Universos. Sem esse ser humano a obra de Deus fica carente do elemento processador de toda a evolução necessária a todo e qualquer orbe planetário. Assim sendo meus Irmãos, mãos à obra – Obra de Deus – e “crescei e multiplicai” a nossa própria espécie.

    Rio, 01/12/2013

    Emmanuel Avelino.

    sexta-feira, 29 de novembro de 2013

    EM TUDO DAI GRAÇAS!...

     
     
     
     
     
    A PAZ DO MUNDO COMEÇA EM MIM...
     
     
     
     
     
    Minha amada Irmã Hamanda, feliz por seguires as palavras daquele que diz: "a paz do mundo começa em mim". Que esta tua paz que tiveste diante desse momento indesejado mas compreensível, seja aquela da qual o mundo tanto necessita e que começa também no teu coração!
     
     
    Em tudo dai graças!
     

    Era dia 11 de novembro, 22h00, estávamos eu, Luiz e seus pais diante de sua casa, no Rio de Janeiro, despedindo-nos. Eis que dois homens armados nos surpreendem e valendo-se da superioridade que aquelas armas lhes conferiam, roubaram o carro e tudo que nele estava contido. Por muito pouco, não levaram Luiz conduzindo o veículo. Também por pouco não me levaram, pois já estava dentro do carro quando o assalto foi anunciado para Luiz, que ainda estava fora. Me deixaram sair com minha bolsa, mas levaram minha mala. Acabava de chegar de viagem. Fiquei apenas com a roupa do corpo.
     

    Triste foi o momento em que nós, os quatros, ficamos desolados na calçada, vendo aqueles homens sumir pela rua levando o carro.
     

    Nos momentos finais, ainda ouvi Luiz dizer-lhes: “Vão com Deus!”.
     

    Quando chegamos em casa, depois das providências normais, pensamos: “Estamos vivos!”. Quantas e quantas vezes ouvimos nos noticiários que bandidos assaltam e matam de forma banal; muitas vezes sem qualquer resistência, já de posse dos bens da vítima, e ainda assim assassinam, num ato de total desprezo pela vida humana.
     

    “Em tudo dai graças!”. Pela forma como tudo aconteceu, muitas graças! De tanto ouvir esta passagem bíblica, busquei o texto inteiro.
     

    Primeira Carta do Apóstolo Paulo aos Tessalonicenses, mais especificamente em seu capítulo 5, versículo 18. Lá está: “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”.
     

    Seria a vontade de Deus que fossemos surpreendidos pela violência urbana? Como entender que Deus permita a subtração das coisas obtidas com o esforço do meu trabalho mediante a ameaça de uma arma?
     

    É certo que não há fardo que não possamos carregar. Se Jesus carregou a cruz e suportou as dores do Calvário, foi porque Deus sabia com perfeição que Ele poderia carregar o fardo e naquilo tudo havia um grandioso propósito. Se Paulo, Pedro, Estevão e tantos outros morreram em nome do Cristo, pregando e difundindo a Verdade trazida pelo Filho de Deus, por meios desumanos e cruéis, para ilusoriamente fazer imperar o poderio romano, assim o quis Deus porque todos eles suportariam tais dores, e nisso também existiam grandes propósitos.
     

    Com nós outros, despidos de uma relevância tal, não é diferente. Nada acontece em nossas vidas que não podemos suportar, como igualmente nada é por acaso.
     

    Suportamos a perda de nossos bens. Nos abraçamos em casa, agradecendo a Deus pela graça de ter nos protegido.

    A mesma passagem que prega “Em tudo dái graças”, também diz: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo” (versículo 9).
     

    Jesus é puro amor, tolerância extrema, a feição mais perfeita da paz, o norte e o exemplo para todos. Intuitivamente, ao invés de lastimar e dirigir palavras de ira e ódio para aqueles que nos fizeram o mal, optamos pela prece, primeiro em agradecimento, pela proteção de nossas vidas e integridades físicas, depois por aqueles homens, para que abandonem o crime e se convertam a um caminho de luz. Estávamos cumprindo de certo modo as palavras de Paulo, quando diz: “Rogamo-vos, também, irmãos, que admoesteis os desordeiros, consoleis os de pouco ânimo, sustenteis os fracos, e sejais pacientes para com todos. Vede que ninguém dê a outrem mal por mal, mas segui sempre o bem...” (versículos 14-15).
     

    Se não podíamos diretamente dizer-lhes “irmão, segue um caminho do bem”, dirigimo-lhes a nossa oração, pedindo a Deus que deles cuidasse e acolhesse, retirando-os daquela vida sombria. Se perdemos nossas coisas, muito mais perdem eles, enquanto alimentam a ilusão de que estão ganhando.
     

    Em tempos difíceis como os atuais, quando a violência e a crueldade dominam o mundo, “Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. […] Examinai tudo. Retende o bem. Abstende-vos de toda a aparência do mal” (versículos 16-17; 21-22).
     

    O mal daquele episódio não ficou em nós. Nos dias seguintes, estávamos sorridentes, vivendo o melhor que a vida nos propicia pela graça de Deus, da forma mais simples, porque o melhor reside no mais profundo de nosso ser.
     

    Em toda oração, voltávamos a agradecer pela proteção e luz recebidas naquele instante. “Em tudo demos graças!”.
     

    Jamais nos foi dito que não teríamos adversidades. Mas é fato que todas que nos vierem, poderemos suportar, e o fardo se tornará ainda mais leve se entendermos que Deus se faz presente em nossas vidas, sempre! Inclusive nos momentos de prova.
     

    Certa vez um irmão me disse que a constante oração e a prática da caridade nos rendiam uma espécie de proteção contra as coisas ruins do mundo. Deus, atento aos nossos atos, pouparia-nos das intempéries, fazendo-nos de certo modo invisíveis ao mal. Por isso, em tempos difíceis, “Orai sem cessar”. Exercitai sempre o amor ao próximo, o que buscamos fazer quando rogamos a Deus  por aqueles que haviam nos ameaçado e roubado. Oração e Caridade estabelecem uma sinergia perfeita com o Criador.
     

    E qual fora o propósito então? Não ouso dizer com certeza. A verdade de tudo é domínio de Deus.
     

    Extraio as minhas lições pessoais: Estávamos na companhia dos anjos de Deus e estivemos protegidos em todos as horas. Se nos levaram os bens materiais, que grande mal há nisso? Permanecemos intactos e saudáveis para trabalhar e recompor a perda. De que valem as riquezas sem um pensamento voltado para o Alto.
     

    Fica a certeza de que as coisas da Terra, aquelas que o dinheiro adquire, à Terra pertence. Ao espírito pertencem o amor a Deus, a fé, a confiança em Jesus, seu filho amado, a caridade e a paciência, e todos os sentimentos e virtudes que nos colocam em sintonia com o Pai.
     

    O agradecimento jamais sairá de minha mente e verbo: Muito Obrigada Pai do Céu, por ter nos livrado de um mal maior!
     

    Também persiste a prece: Senhor, iluminai os pensamentos daqueles caminham longe de Ti, dos teus ensinamentos. Faz-se presente em suas vidas e conceda-lhes a graça da conversão, fazendo-os verdadeiramente felizes, assim como somos, pela magnífica experiência de tê-lo conosco. Amém!
     
    Hamanda Avelino, em Natal, 28 de novembro de 2013.
    

    quinta-feira, 21 de novembro de 2013

    JORNADA PLANETÁRIA

     
     
    O SER HUMANO E O COSMO
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

     
     
     
     
     
     
     
     

     
     
     
     
     
     



    Estamos indicando esta obra do Irmão Anton àqueles interessados em suas caminhadas evolutivas no Cosmo. Estamos certos e  convictos de que farão uma excelente aquisição e que aprenderão muito com os ensinamentos desse Espírito de Luz.
     
    Rio, 21/11/2013.
     
    Emmanuel Avelino.

    sábado, 16 de novembro de 2013

    A ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS




    Oração de São Francisco de Assis

    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.







    Estátua de jardim de São Francisco de Assis cercado por pássaros, por seu amor à natureza o santo é associado ao movimento de defesa da ecologia.

    A Oração da Paz, também denominada de Oração de São Francisco, é uma oração de origem anônima que costuma ser atribuída popularmente a São Francisco de Assis. Foi escrita no início do século XX, tendo aparecido inicialmente em 1912 num boletim espiritual em Paris, França.

    Em 1916 foi impressa em Roma numa folha, em que num verso estava a oração e no outro verso da folha foi impressa uma estampa de São Francisco. Por esta associação e pelo fato de que o texto reflete muito bem o franciscanismo, esta oração começou a ser divulgada como se fosse de autoria do próprio santo.
     
    xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
    É bem conhecida a oração pela paz que se diz ter sido escrita por São Francisco.
    Essa é uma falsidade. É o que demonstra um artigo publicado no Ossrevatore Romano jornal oficioso da Santa Sé, artigo que publicamos abaixo com tradução nossa.
    Congratulamo-nos com essa revelação histórica, pois além de prezar a revelação de uma verdade histórica, alegra-nos deixar claro que jamais São Francisco teria escrito tal oração, que manifesta um pacifismo inexistente na Idade Média, e, muito menos, na alma de um santo como ele.
    xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
    As Origens do Texto Atribuído a São Francisco de Assis
    A Verdadeira história da Oração pela Paz
    Egidio Picucci
    Osservatore Romano
    É excepcional a difusão da oração simples atribuída a São Francisco de Assis, conhecida em todo o mundo, graças, sobretudo, à sua espontaneidade e à sua referência às expectativas mais humanas. Traduzida em todas as línguas, foi e é recitada no âmbito de numerosíssimos encontros e por eminentes personalidades do mundo eclesiástico, literário e político. Tendo que fazer uma escolha, basta recordar que em 1975 ela foi recitada em Nairobi durante uma reunião do Conselho ecumênico das Igrejas; que em 1986 esteve no centro das orações dos participantes do encontro dos representantes de todas as religiões, organizado por João Paulo II em Assis; que em 1989 em Basiléia abriu o Congresso ecumênico europeu.
    A oração não deixara de espantar Madre Teresa de Calcutá, que brevemente explicou sua importância, e convidou a recitá-la no dia em que, em Oslo, recebeu o prêmio Nobel da paz (1979), revelando que, em seu instituto, ela era rezada todos os dias, depois da comunhão; Helder Pessoa Câmara, o então Arcebispo de Olinda e Recife (Brasil), a incluiu nas "Páginas do Caminho para as comunidades abramíticas"; Margaret Thatcher recitou uma parte dela em 4 de Maio de 1979, dia da sua nomeação como primeiro ministro; o Bispo anglicano Desmond Tutu (Nobel pela paz em 1984), confessou que "ela fazia parte integrante" de sua devoção; Bill Clinton a inseriu no discurso de saudação a João Paulo II ano aeroporto de Nova York em 1995, acrescentando com mal disfarçada altivez que "muitos americanos, católicos ou não, a tem em seu bolso, na bolsa ou em suas agendas".
    O elenco poderia continuar e longamente, mas a nós interessa fazer conhecer somente um aspeto da longa história que circunda a oração, e isto é o papel que teve o “Osservatore Romano" ao fazê-la conhecer do grande público.
    Em 1915, no dia seguinte da declaração da primeira guerra mundial [para a Itália - nota do tradutor], Bento XV compôs uma oração pela paz, traduzida em francês, inglês, alemão, espanhol, português, russo e polaco, convidando todos os católicos da Europa a recitá-la no domingo, 7 de Janeiro, no mesmo momento em que ele mesmo a teria rezado diante do altar de São Pedro, junto com os Cardeais e com a Cúria pontifícia.
    "Na França - afirma Christian Renoux, docente de história na universidade de Orleans - o Governo se opôs a tal recitação, temendo que o Papa convidasse a rezar pela vitória do catolicíssimo império austro-húngaro. Confiscou, pois, todos os folhetos em que a oração fora impressa e censurou os boletins paroquiais que a reproduziam".
    Algum tempo antes, o Marquês Stanislas de A Rochethulon, presidente da associação anglo-francesa Souvenir Normand - que se qualificava como "obra de paz e de justiça ideal, inspirada no testamento de Guilherme, o Conquistador, considerado antepassado de todas as famílias reais da Europa, para fazer ressaltar o papel que tiveram a lei e o direito estabelecidos pelos conquistadores normandos" – tinha feito chegar ao Papa duas orações pela paz e um cântico dedicado a Nossa Senhora das Normandias. A primeira oração era uma invocação "à Nossa Senhora dos Normandos e aos seus santos e santas padroeiros”; a segunda, uma "bela oração a recitar durante a Missa", publicada por um certo abbé Bouquerel, redator do semanário católico "A Cruzx de Orne, retomada no número de Dezembro de 1912 do periódico "La Clochette", um revistinha católica de caráter devocional fundada em Outubro de 1901, e que se qualificava como "boletim da Liga da Santa Missa".
    Era a atual Oração Simples – assim a chamou Giuseppe João Lanza del Vasto, e assim é conhecida na Itália - apareceu anônima pela primeira vez na "La Clochette" ("A campainha"), termo claramente designativo da pequena campainha que se toca durante a celebração eucarística. A oração agradou seja ao Papa como ao Cardeal Pietro Gasparri, Secretário de Estato, mesmo porque o Marquês a tinha feito apresentar como "oração ao Sagrado Coração", devoção cara ao Papa, o qual, na oração pela paz de 1915, tinha feito várias vezes referência ao Sagrado Coração.
    "A pedido do Papa (e do Cardeal Gasparri) - acrescenta Christian Renoux - a Secretaria de Estado enviou o texto ao "Osservatore Romano" que a publicou na primeira página no dia 20 de Janeiro de 1916, traduzida em italiano, junto com uma breve informação explicativa, intitulada “As orações do "Souvenir Normand" pela paz. O redator, que fez algumas correções secundárias, não obstante tivesse escrito que a apresentava "textualmente na sua tocante simplicidade", explicava: "O "Souvenir Normand" fez chegar ao Santo Padre o texto de algumas orações pela paz. Entre elas nos aagrda reportar particularmente aquela dirigida ao Sagrado Coração, inspirada no testamento de Guilherme, o Conquistador".
    Foi o lançamento mundial da Oração Simples. No dia 28 de Janeiro sucessivo "La Croix" reportou o artigo do quotidiano da Santa Sé, deixando inalterado seja o título seja as informações incompletas sobre a exata origem do texto. Por escrúpulo o Marquês escreveu ao jornal para completar as informações, mas calando volutamente "La Clochette", a primeira publicação que a tinha reportado: ele queria apenas esclarecer que não tinha sido composta pelo "Souvenir Normand". Passando por cima sobre as vicissitudes ligadas à famosa Oração (traduções, adaptações, títulos); sobre as intermináveis pesquizas de autor (até agora desconhecido); sobre o por que da atribuição a São Francisco, queremos sublinhar que a oração teve aquele sucesso mundial que desejava o Cardeal Gasparri em uma carta de 24 de Janeiro de 1916 ao Marquês Stanislas de A Rochethulon, e desejado pelo Papa, conforme quanto se lê naquel número do jornal do Papa: "O Santo Padre agradou-se sumamente com esta comovente oração que seria de se desejar achasse um eco em todos os corações e fosse a expressão do sentimento universal".
    (©L'Osservatore Romano - 19-20 janeiro 2009)
    Para citar este texto:
    Orlando Fedeli - "A pseudo oração da paz que São Francisco nunca escreveu"
    MONTFORT Associação Cultural
    http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=igreja&artigo=oracao_paz&lang=bra
    Online, 16/11/2013 às 14:29h
    xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
    A oração literária de São Francisco de Assis
    Quero propor uma reflexão sobre o valor literário de um dos maiores signos da Cristandade: a Oração de São Francisco.

    Atribuída ao santo venerado pelos católicos por haver renunciado à riqueza material para seguir o evangelho de Jesus, esta oração é recitada há no mínimo um século, por cristãos e não cristãos, no mundo inteiro. Seu conteúdo é universalmente humano, o que impressiona também ateus, agnósticos, budistas orientais, monges tibetanos e, claro, os apreciadores da boa literatura que têm, em seu repertório de leitura, a iniciação necessária para que sejam feitos os recortes intertextuais.
    A difusão da Oração de São Francisco pelo mundo - Segundo o historiador Christian Renoux , a Oração de São Francisco apareceu pela primeira vez em francês, numa revista devocional chamada La Clochette, editada em Paris, em dezembro de 1912. O redator da revista era o Pe. Bouquerel (1855-1923), que também exercia intensa atividade literária em seu apostolado e que publicou a oração com autoria anônima e sem atribuí-la a São Francisco de Assis, apenas com o título: “Uma bela oração para fazer durante a Missa”. Em 20/01/1916, a oração foi publicada no jornal L’Osservatore Romano, da Santa Sé, já numa tradução italiana.
    Apesar das diferentes variantes que o texto da oração foi assumindo, ao ser traduzido em tantas línguas, Renoux afirma que a versão francesa de 1912, sendo a mais remota, é a primeira matriz impressa de todas as versões conhecidas, quer francesas ou traduzidas para outros idiomas. Há também versões em inglês, alemão, holandês, espanhol, sueco, norueguês, dinamarquês, tcheco, esperanto e, claro, em português.
    A partir de 1946, quando pela primeira vez a Oração de São Francisco inspirou uma composição musical em inglês, têm-se sucedido e multiplicado as melodias inspiradas no texto. Em 1982, por ocasião do oitavo centenário do nascimento do santo, catalogaram-se mais de quarenta composições, só em francês e em inglês. No Brasil, é conhecidíssima a melodia do jesuíta paraguaio radicado entre nós, Pe. Narciso Irala, desde a década de 70, bem como as melodias de Frei Fabretti e de Frei Luís Carlos Susin. Mas quero lhes propor a audição e o texto utilizado por Pe. Zezinho (scj), na opereta Irmã Clara & Pai Francisco, publicada em CD pela Paulinas-COMEP. Para mim esta é a mais bela tradução musical popular da Oração de São Francisco, com arranjos de Paulo José Soares, solo de Jean Carlo e Coro Edypaul:
    Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
    Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
    Onde existe o ódio,
    Que eu leve o teu amor.
    Onde existe ofensa,
    Que eu leve o teu perdão.
    Onde há discórdia,
    Que eu leve a união.
    Onde existe o erro,
    Que eu leve a verdade.
    Onde existe a duvida,
    Que eu leve a tua fé.
    E onde há trevas, que eu leve a tua luz.
    Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
    Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
    Ó Mestre, que eu procure mais consolar
    Do que ser consolado,
    Mais compreender
    Do que ser compreendido,
    Amar muito mais do que ser amado.
    Pois é dando que se recebe
    E é perdoando que se é perdoado
    E é morrendo pra si mesmo
    Que se ressuscita para a verdadeira vida.
    Onde existe o ódio,
    Que eu leve o teu amor.
    Onde existe ofensa,
    Que eu leve o teu perdão.
    Onde há discórdia,
    Que eu leve a união.
    Onde existe o erro,
    Que eu leve a verdade.
    Onde existe a duvida,
    Que eu leve a tua fé.
    E onde há trevas, que eu leve a tua luz.
    Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
    Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
    Autoria contestada - Para Renoux, São Francisco de Assis não seria o verdadeiro autor da oração, pois não há registro dela nos escritos do santo, assim como em nenhum outro documento, até o início do século XX. Além dele, há outros estudiosos que também contestaram a autoria desta oração atribuída ao santo de Assis, inclusive padres franciscanos, como o franceses Barbier (em 1945) Willibrord Van Dijk (em 1958) e Jérôme Poulenc (em 1975); Pe. James Meyer (em 1952, nos EUA); o luterano alemão Frieder Schulz (em 1968) e Pe. Regis Armstrong (em 1996, também nos EUA). Segundo Willibrord, a atribuição da autoria ao santo de Assis falecido em 1226 foi gratuita: “Embora ele não a tenha escrito, nem em latim nem em úmbrio, a oração lhe foi atribuída porque se parece com ele” – afirma o capuchinho, que assina o prefácio do livro de Renoux. De fato, Pe. James Meyer cita uma bem-aventurança de Frei Egídio de Assis, discípulo de São Francisco, no século XIII, que evidencia o princípio doutrinário da espiritualidade franciscana:
    “Bem-aventurado é aquele que ama e não deseja ser amado; aquele que serve e não deseja ser servido; aquele que teme e não pretende ser temido; aquele que é bom para com os outros e não pretende que os outros o sejam para com ele”.
    Se, porém, não foi Francisco de Assis quem escreveu esta oração como produção poética de natureza literária. Para a Igreja e para a fé popular, ele a compôs em sua própria vida, como signo de uma conversão entendida somente a partir dos fatores históricos que regularam o lugar que este homem ocupou no tempo e no espaço. É este contexto que faz de Francisco de Assis um mito válido até hoje, não apenas como santo, mas também como símbolo de valores dos quais o mundo anda carente, comunicados neste poema conhecido como Oração de São Francisco.
     Helder Bentes é Crítico de arte e Professor universitário. Graduado em Letras, especializou-se em Literatura e hoje é pesquisador na área de Estudos Literários. Foi Professor de Teoria Literária, Literatura Luso-Brasileira, Prática de ensino de Literatura e Metodologia da Língua Portuguesa nos cursos de Letras e Pedagogia de várias faculdades paraenses. Sempre preocupado com a formação de professores, atua na área de linguagens, códigos e suas tecnologias e na formação de pesquisadores em educação.
     
    Para o senso teológico L. Boff porém nos chama atenção para o início da oração inicia com a palavra SENHOR que é o título de respeito que no cristianismo é reservado somente a Deus sendo uma tradução do grego Kyrios, um dos títulos atribuídos pelos cristãos somente a Jesus.
    Se por um momento analisamos a Oração diante do Crucifixo que está entre as orações compostas por São Francisco, ele está pedindo ao Senhor que o ajude a fazer a Sua vontade, mas ainda sim é um pedido, e podemos notar que aparecem as virtudes teologais, fé, esperança e caridade, tem a contraposição iluminar/trevas: “Sumo, glorioso Deus, Ilumina as trevas do meu coração e dá-me fé direita, esperança certa e caridade perfeita, (bom) senso e conhecimento, Senhor, para que faça teu santo e verdadeiro mandamento.”

    No seu livro L. Boff faz uma bela reflexão sobre o sentido de cada palavra colocada nessa oração: paz, amor, perdão, união, fé, verdade, esperança, luz etc. Estabelece uma relação entra a oração pela paz e a consagração ao Coração de Jesus do Papa Leão XIII no 1899.
    Para a que ele chama de segunda parte busca a fundamentação de cada detalhe dessa oração nos textos do Evangelho como: “Dai, e ser-vos-á dado”(Lc6,38) “Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados” (Lc 6,37), “Qualquer que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á, e qualquer que a perder, salvá-la-á”(Lc 17,33), “Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna.” (Jo12,25) e para a terceira parte que seria a conclusão encontra sustento na Admoestações de São Francisco apresenta as virtudes em contraposição aos vícios no seguinte modo : onde tem valor positivo “virtude” não tem valor negativo “vício”.
    Na Admoestação 27, lemos o mesmo esquema da oração pela paz : “ 1 Onde há caridade e sabedoria, aí não há temor nem ignorância. 2 Onde há paciência e humildade, aí não há ira nem perturbação. 3 Onde há pobreza com alegria, aí não há cobiça nem avareza. 4 Onde há quietude e meditação, aí não há solicitude nem distração. 5 Onde há temor do Senhor guardando a porta, aí o inimigo não acha jeito de entrar. 6 Onde há misericórdia e discrição, aí não há superficialidade nem endurecimento.”

    Não afirmamos que o autor da oração a tenha composto olhando as Admoestações de São Francisco, mas colocando os textos próximos tem alguma proximidade. L. Boff nos diz que orações profundas como está tem como autor o Espírito Santo e refletem uma dimensão de universalidade.
    Por isso, a oração simples e profunda encontra ressonância no ser humano em todas as partes do mundo e ainda que não tenha saído da caneta de São Francisco de qualquer modo Francisco de Assis e a sua espiritualidade contribuíram para que essa oração existisse e podemos entende-lo como Pai Espiritual dessa oração ou do autor desconhecido que a compôs.
    Fazendo um paralelo, encontramos caso semelhante com o magnífica é conhecido de todos como um canto mariano. Sabemos que não foi Maria que o compôs, mas foi colocado na sua boca no Evangelho e não tem quem diga que não expressa a profunda espiritualidade mariana.
    xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx



    BLOG DE DEONÍSIO DA SILVA
     


    A ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS NÃO É DELE!
    A Oração de São Francisco de Assis, tão bonita, pregando a paz, não é de São Francisco de Assis. É de autoria anônima: um católico a escreveu e a entregou ao padre da paróquia. Foi publicada pela primeira vez em 1912. Os jornais que mais a divulgaram foram o La Croix (francês) e o L´osservatorio romano (do Vaticano). Nos anos 20, um folheto com a imagem de São Francisco de Assis trazia no verso a oração, então já famosa, e a autoria foi atribuída ao santo. O poeta Manuel Bandeira fez uma versão diferente. Na revista Língua Portuguesa (nas bancas), Gabriel Perissé fez um belo trabalho comparando algumas traduções desta prece comovente por sua simplicidade e delicadeza nos generosos pedidos que faz ao Senhor.
    xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
    Irmãos,
    Prestemos atenção ao seguinte caso.
    Deu-se na quinta feira dia 14 de novembro de 2013, por volta das 23.30h daquela fria e ventilada noite quando estávamos encerrando a nossa jornada de atendimento aos nossos irmãos moradores de ruas, pois nas quintas-feiras percorremos as ruas do centro da cidade do rio de janeiro levando o nosso amor e carinho àqueles a quem dispensamos alimentos, roupas e remédios, na certeza de que os maiores beneficiados somos nós próprios e não eles, essa e a visão dos que professam a doutrina espírita.
    Neste momento final ao nos despedirmos o Irmão Afonso Duarte comentou:
    - Emmanuel, essa prece cantada que fazemos a Francisco de Assis é de uma beleza singular. Você sabe se ela foi escrita por ele quando ainda estava encarnado ou ele a compôs depois do desencarne?
    A minha resposta não poderia ser outra.
    - Afonso eu tenho uma certeza, ela foi escrita e composta - isto é, letra e música - por Francisco de Assis. Agora se ela foi elaborada com ele ainda em vida ou se depois da morte, não tenho certeza. Vou perguntar a Ele pessoalmente e trarei uma resposta certa para o fato.
    Hoje dia 16 de novembro de 2013, às 11,00h estivemos conversando pessoalmente com Francisco de Assis, através da Médium Antonia de Souza Oliveira, residente em São Gonçalo, Rio de Janeiro e abordamos o assunto da composição da Oração de São Francisco de Assis, nos termos da pergunta do Irmão Afonso Duarte.
    Quando o fiz a colocação, Ele investido e coberto daquela santa humildade, sorrindo, me disse: “Meu filho há muitas verdades sobre Francisco que ainda não foram reveladas, muitas. Você as saberá oportunamente. Mas no que tange esse assunto aconteceu o seguinte: Um Irmão nosso “um fradinho”, muito ligado a mim, me pediu que ditasse uma oração que seria um hino para todos nós os franciscanos. Desejavam eles me agradar com um cântico como sempre foi do meu gosto. Eu usando a veia mediúnica desse frade, conduzi a sua mão para que ela pudesse compor essa prece e esse cântico que enaltece a nossa Ordem dos franciscanos. Foi dessa forma que a compus”.
    Bem, já tínhamos a resposta para o nosso Irmão Afonso Duarte. Porém, fui forçado a fazer uma pesquisa sobre o fato que está apresentada logo acima para aqueles que desejarem maiores esclarecimentos.
    A Paz de Francisco de Assis esteja conosco!