Oração de São Francisco de
Assis
Origem:
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Estátua de jardim de São Francisco de Assis
cercado por pássaros, por seu amor à natureza o santo é associado ao movimento de
defesa da ecologia.
A Oração da Paz, também
denominada de Oração de São Francisco, é uma oração de origem anônima
que costuma ser atribuída popularmente a São Francisco de Assis.
Foi escrita no início do século XX, tendo
aparecido inicialmente em 1912 num boletim espiritual em Paris,
França.
Em 1916
foi impressa em Roma numa folha, em que num verso estava a oração
e no outro verso da folha foi impressa uma estampa de São Francisco. Por esta
associação e pelo fato de que o texto reflete muito bem o franciscanismo, esta
oração começou a ser divulgada como se fosse de autoria do próprio santo.
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É bem conhecida a
oração pela paz que se diz ter sido escrita por São Francisco.
Essa é uma falsidade. É
o que demonstra um artigo publicado no Ossrevatore Romano jornal oficioso da
Santa Sé, artigo que publicamos abaixo com tradução nossa.
Congratulamo-nos com
essa revelação histórica, pois além de prezar a revelação de uma verdade
histórica, alegra-nos deixar claro que jamais São Francisco teria escrito tal
oração, que manifesta um pacifismo inexistente na Idade Média, e, muito menos,
na alma de um santo como ele.
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As Origens do Texto Atribuído a São
Francisco de Assis
A Verdadeira história da Oração pela
Paz
Egidio Picucci
Osservatore Romano
É excepcional a difusão
da oração simples atribuída a São Francisco de Assis, conhecida em todo o
mundo, graças, sobretudo, à sua espontaneidade e à sua referência às
expectativas mais humanas. Traduzida em todas as línguas, foi e é recitada no
âmbito de numerosíssimos encontros e por eminentes personalidades do mundo
eclesiástico, literário e político. Tendo que fazer uma escolha, basta recordar
que em 1975 ela foi recitada em Nairobi durante uma reunião do Conselho
ecumênico das Igrejas; que em 1986 esteve no centro das orações dos
participantes do encontro dos representantes de todas as religiões, organizado
por João Paulo II em Assis; que em 1989 em Basiléia abriu o Congresso ecumênico
europeu.
A oração não deixara de
espantar Madre Teresa de Calcutá, que brevemente explicou sua importância, e
convidou a recitá-la no dia em que, em Oslo, recebeu o prêmio Nobel da paz
(1979), revelando que, em seu instituto, ela era rezada todos os dias, depois
da comunhão; Helder Pessoa Câmara, o então Arcebispo de Olinda e Recife
(Brasil), a incluiu nas "Páginas do Caminho para as comunidades
abramíticas"; Margaret Thatcher recitou uma parte dela em 4 de Maio de
1979, dia da sua nomeação como primeiro ministro; o Bispo anglicano Desmond
Tutu (Nobel pela paz em 1984), confessou que "ela fazia parte
integrante" de sua devoção; Bill Clinton a inseriu no discurso de saudação
a João Paulo II ano aeroporto de Nova York em 1995, acrescentando com mal
disfarçada altivez que "muitos americanos, católicos ou não, a tem em seu
bolso, na bolsa ou em suas agendas".
O elenco poderia
continuar e longamente, mas a nós interessa fazer conhecer somente um aspeto da
longa história que circunda a oração, e isto é o papel que teve o “Osservatore
Romano" ao fazê-la conhecer do grande público.
Em 1915, no dia
seguinte da declaração da primeira guerra mundial [para a Itália - nota do
tradutor], Bento XV compôs uma oração pela paz, traduzida em francês, inglês,
alemão, espanhol, português, russo e polaco, convidando todos os católicos da
Europa a recitá-la no domingo, 7 de Janeiro, no mesmo momento em que ele mesmo
a teria rezado diante do altar de São Pedro, junto com os Cardeais e com a
Cúria pontifícia.
"Na França -
afirma Christian Renoux, docente de história na universidade de Orleans - o
Governo se opôs a tal recitação, temendo que o Papa convidasse a rezar pela
vitória do catolicíssimo império austro-húngaro. Confiscou, pois, todos os
folhetos em que a oração fora impressa e censurou os boletins paroquiais que a
reproduziam".
Algum tempo antes, o
Marquês Stanislas de A Rochethulon, presidente da associação anglo-francesa
Souvenir Normand - que se qualificava como "obra de paz e de justiça
ideal, inspirada no testamento de Guilherme, o Conquistador, considerado
antepassado de todas as famílias reais da Europa, para fazer ressaltar o papel
que tiveram a lei e o direito estabelecidos pelos conquistadores
normandos" – tinha feito chegar ao Papa duas orações pela paz e um cântico
dedicado a Nossa Senhora das Normandias. A primeira oração era uma invocação
"à Nossa Senhora dos Normandos e aos seus santos e santas padroeiros”; a
segunda, uma "bela oração a recitar durante a Missa", publicada por
um certo abbé Bouquerel, redator do semanário católico "A Cruzx de Orne,
retomada no número de Dezembro de 1912 do periódico "La Clochette",
um revistinha católica de caráter devocional fundada em Outubro de 1901, e que
se qualificava como "boletim da Liga da Santa Missa".
Era a atual Oração
Simples – assim a chamou Giuseppe João Lanza del Vasto, e assim é conhecida na
Itália - apareceu anônima pela primeira vez na "La Clochette"
("A campainha"), termo claramente designativo da pequena campainha
que se toca durante a celebração eucarística. A oração agradou seja ao Papa
como ao Cardeal Pietro Gasparri, Secretário de Estato, mesmo porque o Marquês a
tinha feito apresentar como "oração ao Sagrado Coração", devoção cara
ao Papa, o qual, na oração pela paz de 1915, tinha feito várias vezes
referência ao Sagrado Coração.
"A pedido do Papa
(e do Cardeal Gasparri) - acrescenta Christian Renoux - a Secretaria de Estado
enviou o texto ao "Osservatore Romano" que a publicou na primeira
página no dia 20 de Janeiro de 1916, traduzida em italiano, junto com uma breve
informação explicativa, intitulada “As orações do "Souvenir Normand"
pela paz. O redator, que fez algumas correções secundárias, não obstante
tivesse escrito que a apresentava "textualmente na sua tocante
simplicidade", explicava: "O "Souvenir Normand" fez chegar ao
Santo Padre o texto de algumas orações pela paz. Entre elas nos aagrda reportar
particularmente aquela dirigida ao Sagrado Coração, inspirada no testamento de
Guilherme, o Conquistador".
Foi o lançamento
mundial da Oração Simples. No dia 28 de Janeiro sucessivo "La Croix"
reportou o artigo do quotidiano da Santa Sé, deixando inalterado seja o título
seja as informações incompletas sobre a exata origem do texto. Por escrúpulo o
Marquês escreveu ao jornal para completar as informações, mas calando
volutamente "La Clochette", a primeira publicação que a tinha
reportado: ele queria apenas esclarecer que não tinha sido composta pelo
"Souvenir Normand". Passando por cima sobre as vicissitudes ligadas à
famosa Oração (traduções, adaptações, títulos); sobre as intermináveis
pesquizas de autor (até agora desconhecido); sobre o por que da atribuição a
São Francisco, queremos sublinhar que a oração teve aquele sucesso mundial que
desejava o Cardeal Gasparri em uma carta de 24 de Janeiro de 1916 ao Marquês Stanislas
de A Rochethulon, e desejado pelo Papa, conforme quanto se lê naquel número do
jornal do Papa: "O Santo Padre agradou-se sumamente com esta comovente
oração que seria de se desejar achasse um eco em todos os corações e fosse a
expressão do sentimento universal".
(©L'Osservatore Romano - 19-20 janeiro 2009)
Para citar este texto:
Orlando Fedeli - "A pseudo
oração da paz que São Francisco nunca escreveu"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=igreja&artigo=oracao_paz&lang=bra
Online, 16/11/2013 às 14:29h
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=igreja&artigo=oracao_paz&lang=bra
Online, 16/11/2013 às 14:29h
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A oração literária de São Francisco de Assis
Quero propor uma
reflexão sobre o valor literário de um dos maiores signos da Cristandade: a
Oração de São Francisco.
Atribuída ao santo venerado pelos católicos por haver renunciado à riqueza material para seguir o evangelho de Jesus, esta oração é recitada há no mínimo um século, por cristãos e não cristãos, no mundo inteiro. Seu conteúdo é universalmente humano, o que impressiona também ateus, agnósticos, budistas orientais, monges tibetanos e, claro, os apreciadores da boa literatura que têm, em seu repertório de leitura, a iniciação necessária para que sejam feitos os recortes intertextuais.
A difusão da Oração de
São Francisco pelo mundo - Segundo o historiador Christian
Renoux , a Oração de São Francisco apareceu pela primeira vez em francês, numa
revista devocional chamada La Clochette, editada em Paris, em dezembro de 1912.
O redator da revista era o Pe. Bouquerel (1855-1923), que também exercia
intensa atividade literária em seu apostolado e que publicou a oração com
autoria anônima e sem atribuí-la a São Francisco de Assis, apenas com o título:
“Uma bela oração para fazer durante a Missa”. Em 20/01/1916, a oração foi
publicada no jornal L’Osservatore Romano, da Santa Sé, já numa tradução
italiana.
Apesar das diferentes
variantes que o texto da oração foi assumindo, ao ser traduzido em tantas
línguas, Renoux afirma que a versão francesa de 1912, sendo a mais remota, é a
primeira matriz impressa de todas as versões conhecidas, quer francesas ou
traduzidas para outros idiomas. Há também versões em inglês, alemão, holandês,
espanhol, sueco, norueguês, dinamarquês, tcheco, esperanto e, claro, em
português.
A partir de 1946,
quando pela primeira vez a Oração de São Francisco inspirou uma composição
musical em inglês, têm-se sucedido e multiplicado as melodias inspiradas no
texto. Em 1982, por ocasião do oitavo centenário do nascimento do santo,
catalogaram-se mais de quarenta composições, só em francês e em inglês. No
Brasil, é conhecidíssima a melodia do jesuíta paraguaio radicado entre nós, Pe.
Narciso Irala, desde a década de 70, bem como as melodias de Frei Fabretti e de
Frei Luís Carlos Susin. Mas quero lhes propor a audição e o texto utilizado por
Pe. Zezinho (scj), na opereta Irmã Clara & Pai Francisco, publicada em CD
pela Paulinas-COMEP. Para mim esta é a mais bela tradução musical popular da
Oração de São Francisco, com arranjos de Paulo José Soares, solo de Jean Carlo
e Coro Edypaul:
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
Onde existe o ódio,
Que eu leve o teu amor.
Onde existe ofensa,
Que eu leve o teu perdão.
Onde há discórdia,
Que eu leve a união.
Onde existe o erro,
Que eu leve a verdade.
Onde existe a duvida,
Que eu leve a tua fé.
E onde há trevas, que eu leve a tua luz.
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
Ó Mestre, que eu procure mais consolar
Do que ser consolado,
Mais compreender
Do que ser compreendido,
Amar muito mais do que ser amado.
Pois é dando que se recebe
E é perdoando que se é perdoado
E é morrendo pra si mesmo
Que se ressuscita para a verdadeira vida.
Onde existe o ódio,
Que eu leve o teu amor.
Onde existe ofensa,
Que eu leve o teu perdão.
Onde há discórdia,
Que eu leve a união.
Onde existe o erro,
Que eu leve a verdade.
Onde existe a duvida,
Que eu leve a tua fé.
E onde há trevas, que eu leve a tua luz.
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
Onde existe o ódio,
Que eu leve o teu amor.
Onde existe ofensa,
Que eu leve o teu perdão.
Onde há discórdia,
Que eu leve a união.
Onde existe o erro,
Que eu leve a verdade.
Onde existe a duvida,
Que eu leve a tua fé.
E onde há trevas, que eu leve a tua luz.
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
Ó Mestre, que eu procure mais consolar
Do que ser consolado,
Mais compreender
Do que ser compreendido,
Amar muito mais do que ser amado.
Pois é dando que se recebe
E é perdoando que se é perdoado
E é morrendo pra si mesmo
Que se ressuscita para a verdadeira vida.
Onde existe o ódio,
Que eu leve o teu amor.
Onde existe ofensa,
Que eu leve o teu perdão.
Onde há discórdia,
Que eu leve a união.
Onde existe o erro,
Que eu leve a verdade.
Onde existe a duvida,
Que eu leve a tua fé.
E onde há trevas, que eu leve a tua luz.
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
Autoria contestada - Para
Renoux, São Francisco de Assis não seria o verdadeiro autor da oração, pois não
há registro dela nos escritos do santo, assim como em nenhum outro documento,
até o início do século XX. Além dele, há outros estudiosos que também
contestaram a autoria desta oração atribuída ao santo de Assis, inclusive
padres franciscanos, como o franceses Barbier (em 1945) Willibrord Van Dijk (em
1958) e Jérôme Poulenc (em 1975); Pe. James Meyer (em 1952, nos EUA); o
luterano alemão Frieder Schulz (em 1968) e Pe. Regis Armstrong (em 1996, também
nos EUA). Segundo Willibrord, a atribuição da autoria ao santo de Assis
falecido em 1226 foi gratuita: “Embora ele não a tenha escrito, nem em latim
nem em úmbrio, a oração lhe foi atribuída porque se parece com ele” – afirma o
capuchinho, que assina o prefácio do livro de Renoux. De fato, Pe. James Meyer
cita uma bem-aventurança de Frei Egídio de Assis, discípulo de São Francisco,
no século XIII, que evidencia o princípio doutrinário da espiritualidade
franciscana:
“Bem-aventurado é aquele que ama e não deseja ser amado; aquele que serve e não
deseja ser servido; aquele que teme e não pretende ser temido; aquele que é bom
para com os outros e não pretende que os outros o sejam para com ele”.
Se, porém, não foi Francisco de Assis quem escreveu esta oração como produção
poética de natureza literária. Para a Igreja e para a fé popular, ele a compôs
em sua própria vida, como signo de uma conversão entendida somente a partir dos
fatores históricos que regularam o lugar que este homem ocupou no tempo e no
espaço. É este contexto que faz de Francisco de Assis um mito válido até hoje,
não apenas como santo, mas também como símbolo de valores dos quais o mundo
anda carente, comunicados neste poema conhecido como Oração de São Francisco.
Para o senso teológico
L. Boff porém nos chama atenção para o início da oração inicia com a palavra
SENHOR que é o título de respeito que no cristianismo é reservado somente a
Deus sendo uma tradução do grego Kyrios, um dos títulos atribuídos pelos
cristãos somente a Jesus.
Se por um momento
analisamos a Oração diante do Crucifixo que está entre as orações compostas por
São Francisco, ele está pedindo ao Senhor que o ajude a fazer a Sua vontade,
mas ainda sim é um pedido, e podemos notar que aparecem as virtudes teologais,
fé, esperança e caridade, tem a contraposição iluminar/trevas: “Sumo, glorioso
Deus, Ilumina as trevas do meu coração e dá-me fé direita, esperança certa e
caridade perfeita, (bom) senso e conhecimento, Senhor, para que faça teu santo
e verdadeiro mandamento.”
No seu livro L. Boff faz uma bela reflexão sobre o sentido de cada palavra colocada nessa oração: paz, amor, perdão, união, fé, verdade, esperança, luz etc. Estabelece uma relação entra a oração pela paz e a consagração ao Coração de Jesus do Papa Leão XIII no 1899.
Para a que ele chama de
segunda parte busca a fundamentação de cada detalhe dessa oração nos textos do
Evangelho como: “Dai, e ser-vos-á dado”(Lc6,38) “Não julgueis, e não sereis
julgados; não condeneis, e não sereis condenados” (Lc 6,37), “Qualquer que
procurar salvar a sua vida, perdê-la-á, e qualquer que a perder, salvá-la-á”(Lc
17,33), “Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida,
guardá-la-á para a vida eterna.” (Jo12,25) e para a terceira parte que seria a
conclusão encontra sustento na Admoestações de São Francisco apresenta as
virtudes em contraposição aos vícios no seguinte modo : onde tem valor positivo
“virtude” não tem valor negativo “vício”.
Na Admoestação 27,
lemos o mesmo esquema da oração pela paz : “ 1 Onde há caridade e sabedoria, aí
não há temor nem ignorância. 2 Onde há paciência e humildade, aí não há ira nem
perturbação. 3 Onde há pobreza com alegria, aí não há cobiça nem avareza. 4
Onde há quietude e meditação, aí não há solicitude nem distração. 5 Onde há
temor do Senhor guardando a porta, aí o inimigo não acha jeito de entrar. 6
Onde há misericórdia e discrição, aí não há superficialidade nem endurecimento.”
Não afirmamos que o autor da oração a tenha composto olhando as Admoestações de São Francisco, mas colocando os textos próximos tem alguma proximidade. L. Boff nos diz que orações profundas como está tem como autor o Espírito Santo e refletem uma dimensão de universalidade.
Por isso, a oração
simples e profunda encontra ressonância no ser humano em todas as partes do
mundo e ainda que não tenha saído da caneta de São Francisco de qualquer modo
Francisco de Assis e a sua espiritualidade contribuíram para que essa oração
existisse e podemos entende-lo como Pai Espiritual dessa oração ou do autor
desconhecido que a compôs.
Fazendo um paralelo,
encontramos caso semelhante com o magnífica é conhecido de todos como um canto
mariano. Sabemos que não foi Maria que o compôs, mas foi colocado na sua boca
no Evangelho e não tem quem diga que não expressa a profunda espiritualidade
mariana.
A ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS NÃO É DELE!
A Oração de São
Francisco de Assis, tão bonita, pregando a paz, não é de São Francisco de
Assis. É de autoria anônima: um católico a escreveu e a entregou ao padre da
paróquia. Foi publicada pela primeira vez em 1912. Os jornais que mais a
divulgaram foram o La Croix (francês) e o L´osservatorio romano (do Vaticano).
Nos anos 20, um folheto com a imagem de São Francisco de Assis trazia no verso
a oração, então já famosa, e a autoria foi atribuída ao santo. O poeta Manuel
Bandeira fez uma versão diferente. Na revista Língua Portuguesa (nas bancas),
Gabriel Perissé fez um belo trabalho comparando algumas traduções desta prece
comovente por sua simplicidade e delicadeza nos generosos pedidos que faz ao
Senhor.
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Irmãos,
Prestemos atenção ao
seguinte caso.
Deu-se na quinta
feira dia 14 de novembro de 2013, por volta das 23.30h daquela fria e ventilada
noite quando estávamos encerrando a nossa jornada de atendimento aos nossos
irmãos moradores de ruas, pois nas quintas-feiras percorremos as ruas do centro
da cidade do rio de janeiro levando o nosso amor e carinho àqueles a quem dispensamos
alimentos, roupas e remédios, na certeza de que os maiores beneficiados somos
nós próprios e não eles, essa e a visão dos que professam a doutrina espírita.
Neste momento final
ao nos despedirmos o Irmão Afonso Duarte comentou:
- Emmanuel, essa
prece cantada que fazemos a Francisco de Assis é de uma beleza singular. Você
sabe se ela foi escrita por ele quando ainda estava encarnado ou ele a compôs
depois do desencarne?
A minha resposta não
poderia ser outra.
- Afonso eu tenho uma
certeza, ela foi escrita e composta - isto é, letra e música - por Francisco de
Assis. Agora se ela foi elaborada com ele ainda em vida ou se depois da morte,
não tenho certeza. Vou perguntar a Ele pessoalmente e trarei uma resposta certa
para o fato.
Hoje dia 16 de
novembro de 2013, às 11,00h estivemos conversando pessoalmente com Francisco de
Assis, através da Médium Antonia de Souza Oliveira, residente em São Gonçalo,
Rio de Janeiro e abordamos o assunto da composição da Oração de São Francisco
de Assis, nos termos da pergunta do Irmão Afonso Duarte.
Quando o fiz a
colocação, Ele investido e coberto daquela santa humildade, sorrindo, me disse:
“Meu filho há muitas verdades sobre Francisco que ainda não foram reveladas,
muitas. Você as saberá oportunamente. Mas no que tange esse assunto aconteceu o
seguinte: Um Irmão nosso “um fradinho”, muito ligado a mim, me pediu que
ditasse uma oração que seria um hino para todos nós os franciscanos. Desejavam
eles me agradar com um cântico como sempre foi do meu gosto. Eu usando a veia mediúnica
desse frade, conduzi a sua mão para que ela pudesse compor essa prece e esse
cântico que enaltece a nossa Ordem dos franciscanos. Foi dessa forma que a
compus”.
Bem, já tínhamos a
resposta para o nosso Irmão Afonso Duarte. Porém, fui forçado a fazer uma
pesquisa sobre o fato que está apresentada logo acima para aqueles que
desejarem maiores esclarecimentos.
A Paz de Francisco de Assis esteja conosco!
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