IL POVERELLO

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

EM TUDO DAI GRAÇAS!...

 
 
 
 
 
A PAZ DO MUNDO COMEÇA EM MIM...
 
 
 
 
 
Minha amada Irmã Hamanda, feliz por seguires as palavras daquele que diz: "a paz do mundo começa em mim". Que esta tua paz que tiveste diante desse momento indesejado mas compreensível, seja aquela da qual o mundo tanto necessita e que começa também no teu coração!
 
 
Em tudo dai graças!
 

Era dia 11 de novembro, 22h00, estávamos eu, Luiz e seus pais diante de sua casa, no Rio de Janeiro, despedindo-nos. Eis que dois homens armados nos surpreendem e valendo-se da superioridade que aquelas armas lhes conferiam, roubaram o carro e tudo que nele estava contido. Por muito pouco, não levaram Luiz conduzindo o veículo. Também por pouco não me levaram, pois já estava dentro do carro quando o assalto foi anunciado para Luiz, que ainda estava fora. Me deixaram sair com minha bolsa, mas levaram minha mala. Acabava de chegar de viagem. Fiquei apenas com a roupa do corpo.
 

Triste foi o momento em que nós, os quatros, ficamos desolados na calçada, vendo aqueles homens sumir pela rua levando o carro.
 

Nos momentos finais, ainda ouvi Luiz dizer-lhes: “Vão com Deus!”.
 

Quando chegamos em casa, depois das providências normais, pensamos: “Estamos vivos!”. Quantas e quantas vezes ouvimos nos noticiários que bandidos assaltam e matam de forma banal; muitas vezes sem qualquer resistência, já de posse dos bens da vítima, e ainda assim assassinam, num ato de total desprezo pela vida humana.
 

“Em tudo dai graças!”. Pela forma como tudo aconteceu, muitas graças! De tanto ouvir esta passagem bíblica, busquei o texto inteiro.
 

Primeira Carta do Apóstolo Paulo aos Tessalonicenses, mais especificamente em seu capítulo 5, versículo 18. Lá está: “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”.
 

Seria a vontade de Deus que fossemos surpreendidos pela violência urbana? Como entender que Deus permita a subtração das coisas obtidas com o esforço do meu trabalho mediante a ameaça de uma arma?
 

É certo que não há fardo que não possamos carregar. Se Jesus carregou a cruz e suportou as dores do Calvário, foi porque Deus sabia com perfeição que Ele poderia carregar o fardo e naquilo tudo havia um grandioso propósito. Se Paulo, Pedro, Estevão e tantos outros morreram em nome do Cristo, pregando e difundindo a Verdade trazida pelo Filho de Deus, por meios desumanos e cruéis, para ilusoriamente fazer imperar o poderio romano, assim o quis Deus porque todos eles suportariam tais dores, e nisso também existiam grandes propósitos.
 

Com nós outros, despidos de uma relevância tal, não é diferente. Nada acontece em nossas vidas que não podemos suportar, como igualmente nada é por acaso.
 

Suportamos a perda de nossos bens. Nos abraçamos em casa, agradecendo a Deus pela graça de ter nos protegido.

A mesma passagem que prega “Em tudo dái graças”, também diz: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo” (versículo 9).
 

Jesus é puro amor, tolerância extrema, a feição mais perfeita da paz, o norte e o exemplo para todos. Intuitivamente, ao invés de lastimar e dirigir palavras de ira e ódio para aqueles que nos fizeram o mal, optamos pela prece, primeiro em agradecimento, pela proteção de nossas vidas e integridades físicas, depois por aqueles homens, para que abandonem o crime e se convertam a um caminho de luz. Estávamos cumprindo de certo modo as palavras de Paulo, quando diz: “Rogamo-vos, também, irmãos, que admoesteis os desordeiros, consoleis os de pouco ânimo, sustenteis os fracos, e sejais pacientes para com todos. Vede que ninguém dê a outrem mal por mal, mas segui sempre o bem...” (versículos 14-15).
 

Se não podíamos diretamente dizer-lhes “irmão, segue um caminho do bem”, dirigimo-lhes a nossa oração, pedindo a Deus que deles cuidasse e acolhesse, retirando-os daquela vida sombria. Se perdemos nossas coisas, muito mais perdem eles, enquanto alimentam a ilusão de que estão ganhando.
 

Em tempos difíceis como os atuais, quando a violência e a crueldade dominam o mundo, “Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. […] Examinai tudo. Retende o bem. Abstende-vos de toda a aparência do mal” (versículos 16-17; 21-22).
 

O mal daquele episódio não ficou em nós. Nos dias seguintes, estávamos sorridentes, vivendo o melhor que a vida nos propicia pela graça de Deus, da forma mais simples, porque o melhor reside no mais profundo de nosso ser.
 

Em toda oração, voltávamos a agradecer pela proteção e luz recebidas naquele instante. “Em tudo demos graças!”.
 

Jamais nos foi dito que não teríamos adversidades. Mas é fato que todas que nos vierem, poderemos suportar, e o fardo se tornará ainda mais leve se entendermos que Deus se faz presente em nossas vidas, sempre! Inclusive nos momentos de prova.
 

Certa vez um irmão me disse que a constante oração e a prática da caridade nos rendiam uma espécie de proteção contra as coisas ruins do mundo. Deus, atento aos nossos atos, pouparia-nos das intempéries, fazendo-nos de certo modo invisíveis ao mal. Por isso, em tempos difíceis, “Orai sem cessar”. Exercitai sempre o amor ao próximo, o que buscamos fazer quando rogamos a Deus  por aqueles que haviam nos ameaçado e roubado. Oração e Caridade estabelecem uma sinergia perfeita com o Criador.
 

E qual fora o propósito então? Não ouso dizer com certeza. A verdade de tudo é domínio de Deus.
 

Extraio as minhas lições pessoais: Estávamos na companhia dos anjos de Deus e estivemos protegidos em todos as horas. Se nos levaram os bens materiais, que grande mal há nisso? Permanecemos intactos e saudáveis para trabalhar e recompor a perda. De que valem as riquezas sem um pensamento voltado para o Alto.
 

Fica a certeza de que as coisas da Terra, aquelas que o dinheiro adquire, à Terra pertence. Ao espírito pertencem o amor a Deus, a fé, a confiança em Jesus, seu filho amado, a caridade e a paciência, e todos os sentimentos e virtudes que nos colocam em sintonia com o Pai.
 

O agradecimento jamais sairá de minha mente e verbo: Muito Obrigada Pai do Céu, por ter nos livrado de um mal maior!
 

Também persiste a prece: Senhor, iluminai os pensamentos daqueles caminham longe de Ti, dos teus ensinamentos. Faz-se presente em suas vidas e conceda-lhes a graça da conversão, fazendo-os verdadeiramente felizes, assim como somos, pela magnífica experiência de tê-lo conosco. Amém!
 
Hamanda Avelino, em Natal, 28 de novembro de 2013.


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

JORNADA PLANETÁRIA

 
 
O SER HUMANO E O COSMO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 



Estamos indicando esta obra do Irmão Anton àqueles interessados em suas caminhadas evolutivas no Cosmo. Estamos certos e  convictos de que farão uma excelente aquisição e que aprenderão muito com os ensinamentos desse Espírito de Luz.
 
Rio, 21/11/2013.
 
Emmanuel Avelino.

sábado, 16 de novembro de 2013

A ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS




Oração de São Francisco de Assis

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.







Estátua de jardim de São Francisco de Assis cercado por pássaros, por seu amor à natureza o santo é associado ao movimento de defesa da ecologia.

A Oração da Paz, também denominada de Oração de São Francisco, é uma oração de origem anônima que costuma ser atribuída popularmente a São Francisco de Assis. Foi escrita no início do século XX, tendo aparecido inicialmente em 1912 num boletim espiritual em Paris, França.

Em 1916 foi impressa em Roma numa folha, em que num verso estava a oração e no outro verso da folha foi impressa uma estampa de São Francisco. Por esta associação e pelo fato de que o texto reflete muito bem o franciscanismo, esta oração começou a ser divulgada como se fosse de autoria do próprio santo.
 
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É bem conhecida a oração pela paz que se diz ter sido escrita por São Francisco.
Essa é uma falsidade. É o que demonstra um artigo publicado no Ossrevatore Romano jornal oficioso da Santa Sé, artigo que publicamos abaixo com tradução nossa.
Congratulamo-nos com essa revelação histórica, pois além de prezar a revelação de uma verdade histórica, alegra-nos deixar claro que jamais São Francisco teria escrito tal oração, que manifesta um pacifismo inexistente na Idade Média, e, muito menos, na alma de um santo como ele.
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As Origens do Texto Atribuído a São Francisco de Assis
A Verdadeira história da Oração pela Paz
Egidio Picucci
Osservatore Romano
É excepcional a difusão da oração simples atribuída a São Francisco de Assis, conhecida em todo o mundo, graças, sobretudo, à sua espontaneidade e à sua referência às expectativas mais humanas. Traduzida em todas as línguas, foi e é recitada no âmbito de numerosíssimos encontros e por eminentes personalidades do mundo eclesiástico, literário e político. Tendo que fazer uma escolha, basta recordar que em 1975 ela foi recitada em Nairobi durante uma reunião do Conselho ecumênico das Igrejas; que em 1986 esteve no centro das orações dos participantes do encontro dos representantes de todas as religiões, organizado por João Paulo II em Assis; que em 1989 em Basiléia abriu o Congresso ecumênico europeu.
A oração não deixara de espantar Madre Teresa de Calcutá, que brevemente explicou sua importância, e convidou a recitá-la no dia em que, em Oslo, recebeu o prêmio Nobel da paz (1979), revelando que, em seu instituto, ela era rezada todos os dias, depois da comunhão; Helder Pessoa Câmara, o então Arcebispo de Olinda e Recife (Brasil), a incluiu nas "Páginas do Caminho para as comunidades abramíticas"; Margaret Thatcher recitou uma parte dela em 4 de Maio de 1979, dia da sua nomeação como primeiro ministro; o Bispo anglicano Desmond Tutu (Nobel pela paz em 1984), confessou que "ela fazia parte integrante" de sua devoção; Bill Clinton a inseriu no discurso de saudação a João Paulo II ano aeroporto de Nova York em 1995, acrescentando com mal disfarçada altivez que "muitos americanos, católicos ou não, a tem em seu bolso, na bolsa ou em suas agendas".
O elenco poderia continuar e longamente, mas a nós interessa fazer conhecer somente um aspeto da longa história que circunda a oração, e isto é o papel que teve o “Osservatore Romano" ao fazê-la conhecer do grande público.
Em 1915, no dia seguinte da declaração da primeira guerra mundial [para a Itália - nota do tradutor], Bento XV compôs uma oração pela paz, traduzida em francês, inglês, alemão, espanhol, português, russo e polaco, convidando todos os católicos da Europa a recitá-la no domingo, 7 de Janeiro, no mesmo momento em que ele mesmo a teria rezado diante do altar de São Pedro, junto com os Cardeais e com a Cúria pontifícia.
"Na França - afirma Christian Renoux, docente de história na universidade de Orleans - o Governo se opôs a tal recitação, temendo que o Papa convidasse a rezar pela vitória do catolicíssimo império austro-húngaro. Confiscou, pois, todos os folhetos em que a oração fora impressa e censurou os boletins paroquiais que a reproduziam".
Algum tempo antes, o Marquês Stanislas de A Rochethulon, presidente da associação anglo-francesa Souvenir Normand - que se qualificava como "obra de paz e de justiça ideal, inspirada no testamento de Guilherme, o Conquistador, considerado antepassado de todas as famílias reais da Europa, para fazer ressaltar o papel que tiveram a lei e o direito estabelecidos pelos conquistadores normandos" – tinha feito chegar ao Papa duas orações pela paz e um cântico dedicado a Nossa Senhora das Normandias. A primeira oração era uma invocação "à Nossa Senhora dos Normandos e aos seus santos e santas padroeiros”; a segunda, uma "bela oração a recitar durante a Missa", publicada por um certo abbé Bouquerel, redator do semanário católico "A Cruzx de Orne, retomada no número de Dezembro de 1912 do periódico "La Clochette", um revistinha católica de caráter devocional fundada em Outubro de 1901, e que se qualificava como "boletim da Liga da Santa Missa".
Era a atual Oração Simples – assim a chamou Giuseppe João Lanza del Vasto, e assim é conhecida na Itália - apareceu anônima pela primeira vez na "La Clochette" ("A campainha"), termo claramente designativo da pequena campainha que se toca durante a celebração eucarística. A oração agradou seja ao Papa como ao Cardeal Pietro Gasparri, Secretário de Estato, mesmo porque o Marquês a tinha feito apresentar como "oração ao Sagrado Coração", devoção cara ao Papa, o qual, na oração pela paz de 1915, tinha feito várias vezes referência ao Sagrado Coração.
"A pedido do Papa (e do Cardeal Gasparri) - acrescenta Christian Renoux - a Secretaria de Estado enviou o texto ao "Osservatore Romano" que a publicou na primeira página no dia 20 de Janeiro de 1916, traduzida em italiano, junto com uma breve informação explicativa, intitulada “As orações do "Souvenir Normand" pela paz. O redator, que fez algumas correções secundárias, não obstante tivesse escrito que a apresentava "textualmente na sua tocante simplicidade", explicava: "O "Souvenir Normand" fez chegar ao Santo Padre o texto de algumas orações pela paz. Entre elas nos aagrda reportar particularmente aquela dirigida ao Sagrado Coração, inspirada no testamento de Guilherme, o Conquistador".
Foi o lançamento mundial da Oração Simples. No dia 28 de Janeiro sucessivo "La Croix" reportou o artigo do quotidiano da Santa Sé, deixando inalterado seja o título seja as informações incompletas sobre a exata origem do texto. Por escrúpulo o Marquês escreveu ao jornal para completar as informações, mas calando volutamente "La Clochette", a primeira publicação que a tinha reportado: ele queria apenas esclarecer que não tinha sido composta pelo "Souvenir Normand". Passando por cima sobre as vicissitudes ligadas à famosa Oração (traduções, adaptações, títulos); sobre as intermináveis pesquizas de autor (até agora desconhecido); sobre o por que da atribuição a São Francisco, queremos sublinhar que a oração teve aquele sucesso mundial que desejava o Cardeal Gasparri em uma carta de 24 de Janeiro de 1916 ao Marquês Stanislas de A Rochethulon, e desejado pelo Papa, conforme quanto se lê naquel número do jornal do Papa: "O Santo Padre agradou-se sumamente com esta comovente oração que seria de se desejar achasse um eco em todos os corações e fosse a expressão do sentimento universal".
(©L'Osservatore Romano - 19-20 janeiro 2009)
Para citar este texto:
Orlando Fedeli - "A pseudo oração da paz que São Francisco nunca escreveu"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=igreja&artigo=oracao_paz&lang=bra
Online, 16/11/2013 às 14:29h
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A oração literária de São Francisco de Assis
Quero propor uma reflexão sobre o valor literário de um dos maiores signos da Cristandade: a Oração de São Francisco.

Atribuída ao santo venerado pelos católicos por haver renunciado à riqueza material para seguir o evangelho de Jesus, esta oração é recitada há no mínimo um século, por cristãos e não cristãos, no mundo inteiro. Seu conteúdo é universalmente humano, o que impressiona também ateus, agnósticos, budistas orientais, monges tibetanos e, claro, os apreciadores da boa literatura que têm, em seu repertório de leitura, a iniciação necessária para que sejam feitos os recortes intertextuais.
A difusão da Oração de São Francisco pelo mundo - Segundo o historiador Christian Renoux , a Oração de São Francisco apareceu pela primeira vez em francês, numa revista devocional chamada La Clochette, editada em Paris, em dezembro de 1912. O redator da revista era o Pe. Bouquerel (1855-1923), que também exercia intensa atividade literária em seu apostolado e que publicou a oração com autoria anônima e sem atribuí-la a São Francisco de Assis, apenas com o título: “Uma bela oração para fazer durante a Missa”. Em 20/01/1916, a oração foi publicada no jornal L’Osservatore Romano, da Santa Sé, já numa tradução italiana.
Apesar das diferentes variantes que o texto da oração foi assumindo, ao ser traduzido em tantas línguas, Renoux afirma que a versão francesa de 1912, sendo a mais remota, é a primeira matriz impressa de todas as versões conhecidas, quer francesas ou traduzidas para outros idiomas. Há também versões em inglês, alemão, holandês, espanhol, sueco, norueguês, dinamarquês, tcheco, esperanto e, claro, em português.
A partir de 1946, quando pela primeira vez a Oração de São Francisco inspirou uma composição musical em inglês, têm-se sucedido e multiplicado as melodias inspiradas no texto. Em 1982, por ocasião do oitavo centenário do nascimento do santo, catalogaram-se mais de quarenta composições, só em francês e em inglês. No Brasil, é conhecidíssima a melodia do jesuíta paraguaio radicado entre nós, Pe. Narciso Irala, desde a década de 70, bem como as melodias de Frei Fabretti e de Frei Luís Carlos Susin. Mas quero lhes propor a audição e o texto utilizado por Pe. Zezinho (scj), na opereta Irmã Clara & Pai Francisco, publicada em CD pela Paulinas-COMEP. Para mim esta é a mais bela tradução musical popular da Oração de São Francisco, com arranjos de Paulo José Soares, solo de Jean Carlo e Coro Edypaul:
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
Onde existe o ódio,
Que eu leve o teu amor.
Onde existe ofensa,
Que eu leve o teu perdão.
Onde há discórdia,
Que eu leve a união.
Onde existe o erro,
Que eu leve a verdade.
Onde existe a duvida,
Que eu leve a tua fé.
E onde há trevas, que eu leve a tua luz.
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
Ó Mestre, que eu procure mais consolar
Do que ser consolado,
Mais compreender
Do que ser compreendido,
Amar muito mais do que ser amado.
Pois é dando que se recebe
E é perdoando que se é perdoado
E é morrendo pra si mesmo
Que se ressuscita para a verdadeira vida.
Onde existe o ódio,
Que eu leve o teu amor.
Onde existe ofensa,
Que eu leve o teu perdão.
Onde há discórdia,
Que eu leve a união.
Onde existe o erro,
Que eu leve a verdade.
Onde existe a duvida,
Que eu leve a tua fé.
E onde há trevas, que eu leve a tua luz.
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!
Autoria contestada - Para Renoux, São Francisco de Assis não seria o verdadeiro autor da oração, pois não há registro dela nos escritos do santo, assim como em nenhum outro documento, até o início do século XX. Além dele, há outros estudiosos que também contestaram a autoria desta oração atribuída ao santo de Assis, inclusive padres franciscanos, como o franceses Barbier (em 1945) Willibrord Van Dijk (em 1958) e Jérôme Poulenc (em 1975); Pe. James Meyer (em 1952, nos EUA); o luterano alemão Frieder Schulz (em 1968) e Pe. Regis Armstrong (em 1996, também nos EUA). Segundo Willibrord, a atribuição da autoria ao santo de Assis falecido em 1226 foi gratuita: “Embora ele não a tenha escrito, nem em latim nem em úmbrio, a oração lhe foi atribuída porque se parece com ele” – afirma o capuchinho, que assina o prefácio do livro de Renoux. De fato, Pe. James Meyer cita uma bem-aventurança de Frei Egídio de Assis, discípulo de São Francisco, no século XIII, que evidencia o princípio doutrinário da espiritualidade franciscana:
“Bem-aventurado é aquele que ama e não deseja ser amado; aquele que serve e não deseja ser servido; aquele que teme e não pretende ser temido; aquele que é bom para com os outros e não pretende que os outros o sejam para com ele”.
Se, porém, não foi Francisco de Assis quem escreveu esta oração como produção poética de natureza literária. Para a Igreja e para a fé popular, ele a compôs em sua própria vida, como signo de uma conversão entendida somente a partir dos fatores históricos que regularam o lugar que este homem ocupou no tempo e no espaço. É este contexto que faz de Francisco de Assis um mito válido até hoje, não apenas como santo, mas também como símbolo de valores dos quais o mundo anda carente, comunicados neste poema conhecido como Oração de São Francisco.
 Helder Bentes é Crítico de arte e Professor universitário. Graduado em Letras, especializou-se em Literatura e hoje é pesquisador na área de Estudos Literários. Foi Professor de Teoria Literária, Literatura Luso-Brasileira, Prática de ensino de Literatura e Metodologia da Língua Portuguesa nos cursos de Letras e Pedagogia de várias faculdades paraenses. Sempre preocupado com a formação de professores, atua na área de linguagens, códigos e suas tecnologias e na formação de pesquisadores em educação.
 
Para o senso teológico L. Boff porém nos chama atenção para o início da oração inicia com a palavra SENHOR que é o título de respeito que no cristianismo é reservado somente a Deus sendo uma tradução do grego Kyrios, um dos títulos atribuídos pelos cristãos somente a Jesus.
Se por um momento analisamos a Oração diante do Crucifixo que está entre as orações compostas por São Francisco, ele está pedindo ao Senhor que o ajude a fazer a Sua vontade, mas ainda sim é um pedido, e podemos notar que aparecem as virtudes teologais, fé, esperança e caridade, tem a contraposição iluminar/trevas: “Sumo, glorioso Deus, Ilumina as trevas do meu coração e dá-me fé direita, esperança certa e caridade perfeita, (bom) senso e conhecimento, Senhor, para que faça teu santo e verdadeiro mandamento.”

No seu livro L. Boff faz uma bela reflexão sobre o sentido de cada palavra colocada nessa oração: paz, amor, perdão, união, fé, verdade, esperança, luz etc. Estabelece uma relação entra a oração pela paz e a consagração ao Coração de Jesus do Papa Leão XIII no 1899.
Para a que ele chama de segunda parte busca a fundamentação de cada detalhe dessa oração nos textos do Evangelho como: “Dai, e ser-vos-á dado”(Lc6,38) “Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados” (Lc 6,37), “Qualquer que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á, e qualquer que a perder, salvá-la-á”(Lc 17,33), “Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna.” (Jo12,25) e para a terceira parte que seria a conclusão encontra sustento na Admoestações de São Francisco apresenta as virtudes em contraposição aos vícios no seguinte modo : onde tem valor positivo “virtude” não tem valor negativo “vício”.
Na Admoestação 27, lemos o mesmo esquema da oração pela paz : “ 1 Onde há caridade e sabedoria, aí não há temor nem ignorância. 2 Onde há paciência e humildade, aí não há ira nem perturbação. 3 Onde há pobreza com alegria, aí não há cobiça nem avareza. 4 Onde há quietude e meditação, aí não há solicitude nem distração. 5 Onde há temor do Senhor guardando a porta, aí o inimigo não acha jeito de entrar. 6 Onde há misericórdia e discrição, aí não há superficialidade nem endurecimento.”

Não afirmamos que o autor da oração a tenha composto olhando as Admoestações de São Francisco, mas colocando os textos próximos tem alguma proximidade. L. Boff nos diz que orações profundas como está tem como autor o Espírito Santo e refletem uma dimensão de universalidade.
Por isso, a oração simples e profunda encontra ressonância no ser humano em todas as partes do mundo e ainda que não tenha saído da caneta de São Francisco de qualquer modo Francisco de Assis e a sua espiritualidade contribuíram para que essa oração existisse e podemos entende-lo como Pai Espiritual dessa oração ou do autor desconhecido que a compôs.
Fazendo um paralelo, encontramos caso semelhante com o magnífica é conhecido de todos como um canto mariano. Sabemos que não foi Maria que o compôs, mas foi colocado na sua boca no Evangelho e não tem quem diga que não expressa a profunda espiritualidade mariana.
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BLOG DE DEONÍSIO DA SILVA
 


A ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS NÃO É DELE!
A Oração de São Francisco de Assis, tão bonita, pregando a paz, não é de São Francisco de Assis. É de autoria anônima: um católico a escreveu e a entregou ao padre da paróquia. Foi publicada pela primeira vez em 1912. Os jornais que mais a divulgaram foram o La Croix (francês) e o L´osservatorio romano (do Vaticano). Nos anos 20, um folheto com a imagem de São Francisco de Assis trazia no verso a oração, então já famosa, e a autoria foi atribuída ao santo. O poeta Manuel Bandeira fez uma versão diferente. Na revista Língua Portuguesa (nas bancas), Gabriel Perissé fez um belo trabalho comparando algumas traduções desta prece comovente por sua simplicidade e delicadeza nos generosos pedidos que faz ao Senhor.
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Irmãos,
Prestemos atenção ao seguinte caso.
Deu-se na quinta feira dia 14 de novembro de 2013, por volta das 23.30h daquela fria e ventilada noite quando estávamos encerrando a nossa jornada de atendimento aos nossos irmãos moradores de ruas, pois nas quintas-feiras percorremos as ruas do centro da cidade do rio de janeiro levando o nosso amor e carinho àqueles a quem dispensamos alimentos, roupas e remédios, na certeza de que os maiores beneficiados somos nós próprios e não eles, essa e a visão dos que professam a doutrina espírita.
Neste momento final ao nos despedirmos o Irmão Afonso Duarte comentou:
- Emmanuel, essa prece cantada que fazemos a Francisco de Assis é de uma beleza singular. Você sabe se ela foi escrita por ele quando ainda estava encarnado ou ele a compôs depois do desencarne?
A minha resposta não poderia ser outra.
- Afonso eu tenho uma certeza, ela foi escrita e composta - isto é, letra e música - por Francisco de Assis. Agora se ela foi elaborada com ele ainda em vida ou se depois da morte, não tenho certeza. Vou perguntar a Ele pessoalmente e trarei uma resposta certa para o fato.
Hoje dia 16 de novembro de 2013, às 11,00h estivemos conversando pessoalmente com Francisco de Assis, através da Médium Antonia de Souza Oliveira, residente em São Gonçalo, Rio de Janeiro e abordamos o assunto da composição da Oração de São Francisco de Assis, nos termos da pergunta do Irmão Afonso Duarte.
Quando o fiz a colocação, Ele investido e coberto daquela santa humildade, sorrindo, me disse: “Meu filho há muitas verdades sobre Francisco que ainda não foram reveladas, muitas. Você as saberá oportunamente. Mas no que tange esse assunto aconteceu o seguinte: Um Irmão nosso “um fradinho”, muito ligado a mim, me pediu que ditasse uma oração que seria um hino para todos nós os franciscanos. Desejavam eles me agradar com um cântico como sempre foi do meu gosto. Eu usando a veia mediúnica desse frade, conduzi a sua mão para que ela pudesse compor essa prece e esse cântico que enaltece a nossa Ordem dos franciscanos. Foi dessa forma que a compus”.
Bem, já tínhamos a resposta para o nosso Irmão Afonso Duarte. Porém, fui forçado a fazer uma pesquisa sobre o fato que está apresentada logo acima para aqueles que desejarem maiores esclarecimentos.
A Paz de Francisco de Assis esteja conosco!

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

OS ESPÍRITOS INFERIORES





Os Espíritos Inferiores





Os Espíritos Inferiores



 
O espírito puro traz, em si, sua luz e sua felicidade, que o seguem por toda parte, e fazem parte integrante de seu ser. Assim também, o espírito culpado arrasta consigo sua noite, seu castigo, seu opróbio. Os sofrimentos das almas perversas, por não serem materiais, não são menos vivos. O inferno é apenas um lugar quimérico, um produto da imaginação, um espantalho talvez necessário para enganar povos infantis, mas que nada tem de real. Muito diferente é o ensino dos espíritos com relação aos tormentos da vida futura: não há hipótese em parte alguma.



Esses sofrimentos, com efeito, aqueles mesmos que os experimentam nos vêm descrevê-lo, como outros vêm nos retratar seu arrebatamento. Eles não são impostos por uma vontade arbitrária. Nenhuma sentença é pronunciada. O espírito sofre as consequências naturais de seus atos, que recaindo sobre ele, glorificam-no ou acabrunham-no. O ser sofre na vida de além-túmulo, não somente pelo mal que fez, mas também pela sua inação e pela sua fraqueza. Numa palavra, essa vida é obra sua; tal qual configurou com suas próprias mãos. O sofrimento é inerente ao estado de imperfeição; atenua-se com o progresso; desaparece quando o espírito vence a matéria.



O castigo do espírito mau prossegue, não somente na vida espiritual, mas também nas encarnações sucessivas que o arrastam aos mundos inferiores, onde a existência é precária, onde a dor reina soberana. Tais são os mundos que poderiam ser qualificados de inferno. A Terra, em certos pontos de vista, deve ser classificada entre eles. Em torno desses mundos, prisões de forçados que rolam na imensidão, flutuam as sombrias legiões dos espíritos imperfeitos, aguardando a hora da reencarnação.

 

Autor: Léon Denis
Do Livro: Depois da Morte

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

MULHER, HUMUS DA HUMANIDADE!



Humus da Humanidade




                                                                           










PARABÉNS MULHER!!!
Não só pelo oito de março,
nem pelo beijo e pelo abraço,
nem pelo carinho, pela beleza...
Mas por ser o que és...
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HUMUS da humanidade,
Raiz da sensibilidade,

Tronco da multiplicidade,
Folhas da serenidade, cores da fertilidade,
Frutos da eternidade...
Essência da natureza humana!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio, 08/03/2013.