IL POVERELLO

sábado, 12 de agosto de 2017

BEM ANTES DE SANTOS DUMONT!!...









Pouca gente sabe que, quase dois séculos antes do gênio Alberto Santos Dumont alçar voo em seu 14-Bis, o também brasileiro Bartolomeu Lourenço de Gusmão alcançava as nuvens com o balão de ar quente. O marco precursor foi o primeiro passo concreto na história da aviação.

Conhecido como o "Padre Voador", Bartolomeu nasceu em Santos, litoral de São Paulo, quando o país ainda era colônia de Portugal. A ele é atribuída a primeira patente registrada em nome de um brasileiro e, por isso, é considerado o nosso primeiro cientista.

A invenção registrada como um "instrumento para se andar pelo ar" chamou a atenção da corte portuguesa e ganhou repercussão pela Europa. Várias ilustrações fantasiosas de uma espécie de nave em forma de pássaro – apelidada de "passarola" – foram divulgadas por um amigo do inventor. A estratégia tentava manter o segredo sobre o mecanismo e aumentar a expectativa da opinião pública.

Em 8 de agosto de 1709, diante do rei Dom João V, Bartolomeu apresentou com sucesso o protótipo de seu invento. Um pequeno balão subiu, ficou suspenso no ar por muito tempo e depois desceu com suavidade até tocar o solo. Apesar dessa demonstração, o primeiro aeróstato da história não foi encarado como uma inovação útil e, dessa forma, o nosso cientista não conseguiu apoio para construir um modelo maior e tripulável.

Anos depois, o Padre Voador acabou sendo perseguido pela inquisição e fugiu para a Espanha com o objetivo de chegar à Inglaterra. Na cidade de Toledo, Bartolomeu ficou doente e morreu em 18 de novembro de 1724, com 38 anos. Restos mortais do pioneiro foram transportados para o Brasil e hoje se encontram na Catedral de Sé, em São Paulo.

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