IL POVERELLO

sábado, 7 de agosto de 2010

A CARÊNCIA DE ALIMENTOS PARA O ESPÍRITO

                    A humanidade que habita o planeta terra forma um contingente de seres espirituais profundamente carentes de alimentos que possam propiciar condições da sua sobrevivência material e espiritual. Os seres que habitam este orbe terrestre, possuem dois estômagos(se assim podemos dizer). Um eminentemente material e outro essencialmente espiritual. Nossa tarefa como seres materiais e espirituais existindo na terra é produzir tais alimentos, para que possamos estabelecer uma convivência pacífica entre estes dois mundos ou como queiram,  entre estas duas dimensões energia cósmica.

                    Os alimentos que deverão ser produzidos se distinguem entre si como distintas são as suas energias, a que compõe a matéria e a energia que essêncializa o espírito. Entretanto essas energias se interconectam, se interpenetram e formam uma fusão, fusão esta imperceptível, pois que, com os sentidos que os seres humanos possuem e detêm aqui na terra, face sua precariedade vibratória, não têm condições de perceber essa diferenciação. Esse fato torna os seres espirituais que habitam o estágio hominal propenso a supervalorizar o aspecto material, que é o lado visível, palpável e sobre o qual ele homem/espírito pode agir para propiciar-lhe mudanças e modificações, independentemente da anuência do lado invisível e espiritual.

                    Essa faculdade consentida ao ser hominal se constitui do seu livre arbítrio, livre-arbítrio que poderá conduzi-lo às ações no bem ou às ações afeitas ao mal. Por isto, pelo seu comportamento e atitudes respondem todos indistintamente, estejam em que fase de evolução estiverem. O espírito infrator do código das leis divinas que regem a todos e que é o AMOR DE DEUS, responderá por tudo que tenha feito ou deixado de fazer em prol da sua caminhada e/ou da de outros seres aos quais esteja ligado, por quaisquer que sejam as ligações, podendo essa ligação ser meramente material ou essencialmente espiritual.

                    Falamos no início da carência de alimentos para a matéria e para o espírito; essa sensação de vazio que assola o ser humano é que facilita e propicia o julgo dos seres humanos àqueles seres(espíritos) que portadores de pendores vibratórios semelhantes propiciam condições de  influenciação, e, esses seres espirituais por serem imperfeitos e impuros, submetem os ignorantes e simples - que são por vezes incautos - às suas verdades e ao império das suas vontades.

                    A humanidade continua ainda hoje, decorridos mais de dois mil anos da presença de JESUS aqui na terra, praticamente no mesmo estágio evolutivo – evolução aqui referida ao espírito – haja vista termos caminhados apenas no que se relaciona aos aspectos materiais. Lá nos tempos em que JESUS caminhou pelo solo terrestre, as dificuldades mentais, intelectivas, perceptivas dos seres humanos/espirituais eram as mesmas que hoje constatamos. A falta de entendimento e compreensão entre os homens continua. Mudaram apenas de cenário. O palco em que hoje se dar as encenações apenas cresceu de tamanho, mas as atitudes e a pequenez dos atores são as mesmas, ou até mesmo piores. Neste campo, neste aspecto não temos do que nos elogiar, nem nos envaidecer, lamentavelmente, desgraçadamente!

                    Se aquele SER divino e magnânimo tivesse que retornar a este planeta para retificar e – atentem para isto – ratificar as suas palavras, por certo seria novamente sacrificado e impiedosamente crucificado. Pelo que foi feito até hoje com as suas palavras, haveremos de deduzir que nenhumas das seitas que se dizem suas representantes, honraram as suas predicações, os seus ensinamentos as suas palavras. Todas essas entidades ditas espiritualistas, cristãs, indistintamente, prevaricaram, desvirtuaram, macularam, vilipendiaram, massacraram mais uma vez os ossos e a carne de JESUS, e o fizeram sangram até hoje, na cruz da sua dor indelével e inconcebível, pois que a sentença continua até hoje sendo cobrada pelos que não compreenderam o recado e a mensagem do MESTRE DOS MESTRE, que foi proclamada com tanta ênfase, porém com muita humildade e abnegação quando disse piedosamente “ eu sou o caminho, eu sou a verdade, eu sou e a vida “, disse mais: “todo aquele que me segue conhecerá a DEUS” e ainda disse “vós também sois deuses”.

                    Meu Deus!!!

                    E, aí é que os homem mediante a sua vaidade e arrogância, o seu orgulho e ganância, o seu egoísmo e fome de poder, alteraram tudo propositalmente, intencionalmente, planejadamente, programaticamente, e adaptaram aos seus intentos as palavras de JESUS, para poder se sentir como JESUS, sendo eles os dotados dos poderes que detinha à época o Mestre dos Mestres, se dizendo estes de hoje os representantes de DEUS, que suas palavras contêm a mesma emanação divina que detinham as de JESUS, que seus livros são a cópia fiel das predicações do messias, e que podem interferir junto a DEUS para propiciar vantagens matérias e outras mais aos seus seguidores, que poderão salvas vidas e aplacar espíritos, mas que tudo isto tem um preço e um valor a ser levado aos costumes da paga de vis metais, que são contabilizados como sendo os dízimos da salvação, como lhes ensinara e lhes expusera tal cobrança o pastor de ovelhas, humildemente, cognominado de jesus.

                    Este é um preço muito alto e inaceitável, proclamado por quem quer vislumbrar, ver nas palavras do mestre e messias que foi JESUS, essa imposição - haja vista que o mesmo vivia do seu ofício, da profissão de carpinteiro, ajudava os pescadores da sua localidade, andava com os rejeitados e humildes que nada tinham para lhes dar, a não ser uma acomodação para descansar o corpo e alimentar o estômago, levava a fé e a esperança aos que se encontravam em dificuldade espirituais, não cobrava salários ou como querem, dízimos, para professar seus ensinamentos, para fazer suas curas e afastar maus espíritos, e, para enfrentar os poderosos e sacerdotes da época, teve que se afastar do seu próprio negócio, herdado do seu pai JOSÉ, que para desgosto dos seus irmãos e de MARIA sua mãe, se ausentou do núcleo familiar para se dedicar àqueles que sofriam a ação perseguidora dos que imperavam à época, que em assim procedendo pressentia JESUS que o seu destino seria, imponderavelmente o sacrifício da sua própria vida, que a ninguém negava estar devidamente consciente deste fato, mas que nunca negou aos seus seguidores, que não viera para salvar a humanidade, porém para lhes mostrar o caminho por onde deveriam seguir em busca do melhoramento das suas almas.

                    Jesus nunca prometeu a salvação pela salvação, pura e simplesmente, porém a salvação pelo melhoramento das suas ações, comportamentos e atitudes, desde que estas estivessem em consonância com a vontade do PAI QUE É DEUS, que determina que o mérito de cada um dos seus filhos se mede pela sua vontade de só fazer ao seu irmão aquilo que queremos que nos seja feito. Porém, JESUS simplesmente não encarnou neste planeta com a missão de salvar a humanidade, sofredora e miserável, mas com a determinação de orientar e esclarecer aos seus habitantes, ainda em fase rudimentar, que o melhoramento de cada um, deveria ser obrigação de cada um para consigo mesmo, se melhorando e vencendo todos os entraves que os mantinham na condição de simples e ignorantes, mas que além de tudo isto como filhos de um DEUS, piedoso, misericordioso e complacente com as almas e espíritos por ele criados.

                    JESUS, espírito de uma pureza majestosa sofreu como homem o que cada um de nós sofre hoje ao ver que, aparentemente, de nada adiantou a sua indefectível vontade de se submeter à carne para exemplificar aos homens da terra que a fome material é passageira e que o alimento de ambas as dimensões, material e espiritual está na consciência de cada um de nós, espíritos em processo evolutivo, que necessitamos mais do que nunca, decorridos dois mil e oito anos, nos melhorarmos, nos aperfeiçoar nas nossas qualidades essenciais, acatando suas lições e os seus esclarecimentos, sem o que continuamos com a imposição indefinida da sua crucificação, parecendo até que o Mestre dos Mestres não soube proferir sua aula magna, o que não é verdade, mas os que se dizem seus “continuadores”, resistem em modificar seus discursos e métodos de exemplificar JESUS, fato este que vem, sem sombra de dúvidas, ao longo de dois mil e oito anos, comprometendo, indiscutivelmente, o que dizem ser o evangelho de “JESUS”.
Rio, 21/09/2008, às 05,10,25 h.

Emmanuel Avelino.
http://www.femap.net/
femap@femap.net

Nenhum comentário:

Postar um comentário