IL POVERELLO

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A DIMENSÃO ATÁVICA

                    Vamos tentar esclarecer o que se trata de uma dimensão atávica. A nossa dimensão atávica, ela existe desde os primórdios da nossa existência. Ao sermos criados passamos a existir como individualidade, como Espírito, dotado de uma essência, com os germens da criação, pronto..., estamos criados e existindo para o todo e sempre já que o Espírito não falece, não morre, jamais deixará de existir. Essa mesma existência, ela vai se perpetrando em suas visitas constantes na carne. Neste como em todos os orbes do universo, essa nossa existência poderá se manifestar, uma vez em condições e com a permissão dos Espíritos Superiores, detentores do conhecimento científico das nossas condições evolutivas. Não restam dúvidas de que as condições evolutivas que falamos é o fruto das nossas atuações na matéria, dentro de um corpo físico.

                    Daí procedem todas as nossas heranças de características físicas ou psíquicas de ascendentes remotos que somos. As características físicas são todas as nossas ações desenvolvidas no âmbito da matéria, enquanto as psíquicas foram desenvolvidas no campo do espírito. No desenrolar de toda a nossa existência vamos agindo pela nossa livre e espontânea vontade, pelo nosso livre arbítrio, usando o nosso pensamento, nossas idéias, nossa vontade, nosso desejo, nosso querer, para confirmar o que desejamos e almejamos durante a caminhada interminável do nosso Espírito. Não imaginemos e nem nos apeguemos no aqui e agora dessa nossa atual passagem pela matéria. Essa existência que ora conduzimos é uma gota no oceano da nossa verdadeira existência. Só que, de gota em gota conseguiremos transbordar o oceano. Ou seja, nos tornar pleno.

                     Todavia, a dimensão da plenitude é muito meticulosa, exige atitudes e comportamentos equilibradíssimos, sem o que ao invés de colocarmos as gotas da plenitude, poderemos estar colocando as gostas do comprometimento. Aquilo que costumamos denominar de lei de causa e efeito, que outros também o chamam de karma. Mas é isso mesmo, tudo passa pelas nossas mentes, que são os vetores propulsores das nossas vontades e pensamentos. Dependendo do que pensamos, desejamos e queremos, poderá resultar daí um passo à diante ou um passo não concretizado, assim como um passo mal dado. O passo mal dado, o nome já o denomina: é o passo efetivamente concretizado no MAL, fora e contra os parâmetros do BEM. Esse passo é tão poderoso quanto o outro, porém, segue caminho oposto ao processo evolutivo da própria espécie criada, que é o Espírito. Mas, poderoso por que? Excelente pergunta!..

                    Ora, o poder do mal é irrefutável, não podemos ignorá-lo. Neutraliza, paralisa, obstaculiza, mata, fere, transforma as condições mentais dos Espíritos. Mas o mal só detém o poder que lhes disponibilizamos. Ou seja, ele não é o poder. Ele usa o seu, o nosso poder, caso o concedamos tal fato. Portanto o poder do mal está intrinsecamente dentro de nós e depende somente da nossa vontade de satisfazê-lo. Assim acontecendo, ou seja: concedendo-lhes esse poder, nós nos submetemos às suas conveniências, às suas posturas e artimanhas, é da lei. Vejamos! Nós somos quem alimentamos o poder do mal. O mal só existe porque nós queremos e o mantemos em nossos pensamentos, atos e ações. Mas, DEUS é boníssimo, piedoso, caridoso... Deu-nos o nosso livre pensar, arbítrio, agir, todavia nos concede o perdão, bastando para isso que nos arrependamos das nossas atitudes contrárias a efetivação do BEM. Estamos quites com o Criador de tudo, a partir deste momento. Muito embora tenhamos nos insurgidos contra suas Sagradas Leis, sua Magnânima Vontade, o seu Querer.

                    Como nós nos sentiríamos diante de alguém que nos é muito caro e estimado, a partir do momento em que este ser nos contrariasse os nossos desejos e nossas vontades explícitas? Evidentemente que cada um de nós tem essa resposta na ponta da língua. Esse é o viés do MAL, não perdoar, não transigir, não contemporizar, não perdoar, mas se vingar, massacrar, matar, guerrear, criar mais condições maléficas, até a subjugação plena dos seres ignorantes e simples, que acabarão sendo entregues, implacavelmente em suas mãos. Ora, a culpa não é do mal. Verdade seja dita!

                    Vamos fazer justiça ao próprio mal. Quem não sabe que ele existe? Quem nunca ouviu falar e discorrer sobre o mal e a sua maneira de agir? Quem ainda, desde que foi criado até a sua atual existência já não sofreu uma investidinha das ações do mal? Então não há porque colocar a culpa no mal. A culpa é daquele ser impuro e imperfeito que reluta brutalmente em sair da sua condição atávica desde os primórdios dos tempos. O que atualmente possamos estar suportando e sofrendo é indubitavelmente conseqüência do que andamos fazendo desde lá até aqui. Voltaremos ao assunto.

Rio, 9/5/2010.
Emmanuel Avelino.
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